Nas férias da aldeia era
sempre assim: os livros ficavam para trás na casa da cidade. Ali andava-se à
solta no meio de hortas e mergulhava-se na água fria do rio. E havia a loja do
Manel sapateiro com o seu pequeno mas extraordinário armário recheado de livros,
alguns mais velhos que Matusalém, que proporcionavam longas noites à luz da
vela com os seus companheiros na viagem dos sonhos. As velas desapareceram mas
os livros continuam vivos.
Filipe Ribeiro, 52 anos, Toronto/Canadá
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