30/09/13

Solidão

Chovia imenso, o frio chegava-lhe aos ossos e a casa ficava longe. 
Ao sair, o sol brilhava, nada fazia prever tal chuvada. Abrigou-se num portal, ouviu-se abrir uma porta, uns olhos fixaram-no. A porta fechou-se e reabriu-se. Ela apareceu com dois cafés e um casaco. 
Sentou-se junto a mim nas escadas. Conversámos sem parar. A chuva, essa parou. Com olhos brilhantes levantou-se e sorriu, dizendo a este velho solitário:
– Obrigado, adorei o serão. Espero-o na próxima chuvada?

Carla Silva, 39 anos, Barbacena, Elvas

Desafio nº 18 – palavras proibidas: não que mas pois como verbos: estar + ser

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