25/02/14

À tardinha

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha, voltariam as borboletas e os passarinhos e desapareceria o inverno em que vivo. Não vês o quanto sofro? Não percebes o mal que me fazes? Preciso de sol, de calor e não desta escuridão sombria e fria que me congela o coração. Não sei mais viver, arrasto-me pela vida que um dia me sorriu. Devolve-me a esperança, faz-me renascer. Preciso que venhas, para em ti me encontrar e me perder.

Paula Fialho Silva, 34 anos, Badajoz
Desafio nº 35 – partindo de dois versos de autor


Florbela Espanca, “Se Tu Viesses Ver-me…”, Charneca em Flor (1931) - 
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha Manuel Alegre, “Teoria do Amor”, Obra Poética (1999) - para em ti me encontrar e me perder.

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