– Ladrão! Ladrão! – gritava o Chico, aflito.
Corria atarantado, rodopiando como louco. O polícia acudiu ao
grito. Olhou-o, com pouca confiança. Maltrapilho, pronunciou para si.
Inquiriu-o.
– Furtaram a sacola? Tinha jornais? Quantos?
– Não, não, não! Já não! Não trabalho no ativo!
– Só o saco?
– Mais, muito mais, toda a minha vida!
– Como assim? Um saco com uma vida?
– Fotos, caixinhas, cartolinas, postais …
O polícia procurava palavras para dialogar com o ardina, pois
toda a situação soava a absurdo.
Fátima
Fradique, 40 anos, Fundão
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