18/06/15

Esperança

Palavras que não diziam, olhares que não amavam, gestos que não tocavam. Afetos investindo, em desespero feroz, contra o marasmo dos dias, tornavam o abismo cada vez real.
Então, naquela manhã de sol, deslizou, atirou-se, soltou-se! Para quê continuar a flutuar no veneno inútil daquela paixão? 
E afinal, aquilo que julgava viria a ser solidão profunda, trouxe o encontro inevitável com o que, de si, tinha ficado esquecido lá atrás. Nesse ridículo encontro com o príncipe perfeito!  


Fernanda Elisabete Gomes, 59 anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 91 – cena metafórica de gota de chuva que acaba numa poça

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