18/06/15

O vazio da saudade

Esperei toda a noite que te fizesses presença. Imaginei, a cada compasso do tempo, o toque suave dos teus gestos na janela da minha alma, derramada na tua cruel ausência. A medo espreitei cada momento guardado, desejando reter-te em mim, em nós… E, nesse amor revisitado, esperei que chegasses. Senti o doce toque dos nós dos teus dedos… corri, escancarei a janela da esperança. Percebi-me envolvida no vazio que a saudade desenhou. Tinhas partido sem regresso anunciado.

Amélia Meireles, 62 anos, Ponta Delgada

Desafio RS nº 25 – dedos que batem no vidro (cena)

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