Belita está eufórica, a batalha
para conseguir o bacharelato, libertava-a. Ganhou asas, voar
tornar-se-ia agora mais fácil. Ao fim de tanta labuta, lembra ainda a brutalidade
das resmas de fotocópias e livros que enchem estantes e lhe custaram uma batelada. Hoje estrela, sem estrelato,
diz não ser preciso tabuleta para
afixar o seu nome. Seu sonho é navegar no seu pequeno batel, arranjar dinheiro para com seu amor desfrutar de uns dias
num bonito e bom hotel.
Maria Silvéria dos Mártires, 69 anos, Lisboa
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