09/08/15

Sonho de marear

Na tropa foi sempre o primeiro do batalhão. Por mais atribulado o dia.
E assim aprendeu que a batalha é ganha pela libertação dos sentidos.
Mais uma bagatela para colocar na tabuleta que o prende à vida. Analfabeto é que não.
A velhice chegou e com ela renovou o sonho de marear. As cartas e o astrolábio estão guardados. Falta o registo do batelão, a fazer no tabelião. Depois será apenas ele e a turbulência do mar.

Alda Gonçalves, 47 anos, Porto
Desafio nº 95 – o máximo de palavras com BTL

Sem comentários:

Enviar um comentário