Viajo
de preferência no comboio cedinho, quando todos estão ocupados consigo mesmos,
ou em estado sonolento.
Acontece
que o sossego é interrompido, como aquela estrangeira que, entre Lisboa e
Cascais, me contou sua biografia e se perguntava se tomara a decisão justa de
emigrar por amor dum homem. Ou o rapaz que lia cativado um livro de capa e
espada, não por acaso da Margarida Fonseca Santos, e, levantando-se
inesperadamente, porque tivesse de apear-se de comboio.
Theo De Bakkere, 63 anos,
Antuérpia Bélgica
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textos aqui: http://blog.seniorennet.be/lisboa/
Desafio Escritiva nº 5 – cruzar comboios
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