04/10/16

Folha completa

A folha branca desnudada caiu nas minhas mãos. A mudança do seu estado era dependente de mim. Podia deixá-la sem qualquer alteração ou dar-lhe um novo sentido ou outro significado. Escrevi “Amo-te” nela e contemplei-a tempos indetermináveis. Dei-lhe assim um sentimento verdadeiro e genuíno. Ela deixou de ser uma folha repleta de nada e passou a ser uma folha que contempla tudo o que sonhamos ter, conhecer e viver, o amor verdadeiro. Era agora uma folha completa.
Isabel Pinela Fortunato, 43 anos, Amadora

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