31/01/17

Hoje e sempre

Hoje vou saltar,
vou correr e vou pular.
Quero jogar ao macaquinho do chinês.
Hoje não vou estudar francês.

Apetece-me brincar às escondidas,
no jardim das margaridas.
Também posso jogar à bola,
com os meus amigos da escola.

Não me apetece ver televisão,
prefiro cantar uma canção.
Podia ir para casa ler,
mas prefiro guardar isso para quando chover.

Também gosto muito de estudar
mas hoje prefiro ir dançar.
Porque todas as crianças
têm direito a brincar.
Carlota Lopes, 6ºA, 11 anos, Olhão, EB23 Prof Paula Nogueira, prof Cândida Vieira

Desafio Escritiva nº 14 direitos da criança

O amanhã

Foram. Cada um para o seu quarto. Sem jantar. O tempo não dava para acelerar. Infelizmente, fazê-lo recuar também era impossível. O máximo de distância física possível era, por enquanto, aquela – uma parede.
Dormir literalmente sobre o assunto, seria a melhor solução para ambos. A avó ensinara-lhes que nada melhor do que um dia após o outro.
Pois que apareça a lua para que esse destino divinizado pela avó lhes traga a reconciliação e, por conseguinte, paz!
Vera Viegas, 33 anos, Penela da Beira

Desafio nº 115 – frase de Valter Hugo Mãe

O amor enobrece

Ela era uma rapariga com um coração de ouro como já não se vê muito por aí. Era a pessoa mais conhecida da pequena aldeia em que vivia, mas ela não se importava. Era uma boa menina que só queria viver a vida a fazer o bem. Morava com seus avós numa grande quinta, em que todos os dias se levantava bem cedo para ir preparar o pequeno-almoço para os seus queridos avós. Realmente o amor enobrece.
Beatriz Pacheco, 6A, 11 anos, Olhão, EB23 Prof Paula Nogueira, prof Cândida Vieira

Desafio nº 114 - trocar as voltas ao ditado popular

O novo prosseguir

Tem épocas na vida do ser humano onde só se deseja dormir, descansar e recuperar energias para prosseguir o próximo rumo.
Já passei por isso muitas vezes e sei que uma boa noite bem dormida ou até mesmo um relaxar num determinado momento do cotidiano desperta mais ânimo e generosidade...
Particularmente, procuro, de tempos em tempos, mudar o foco de determinadas situações e viver com mais qualidade de vida...
Vale a pena, me revigoro corporal e mentalmente!
Rosélia Bezerra, 62 anos, Rio de Janeiro, Brasil

Desafio nº 115 – frase de Valter Hugo Mãe

Remediar

Remediar sempre lhe pareceu fácil!
Certo dia, apareceu na escola um novo professor, que trazia consigo testes para avaliar os alunos.
Os alunos fizeram-nos e o professor corrigiu-os.
Passado uma semana, entregou-lhos, mas havia um erro: o melhor aluno tirara negativa.
O aluno mostrou a ficha aos pais que decidiram falar com o novo professor.
O professor prometeu rever o teste, mas durante o almoço, perdeu-o.
Remediar sempre lhe pareceu fácil, mas agora não sabia como fazê-lo.
Johana Brotons, 6A, 12 anos, Olhão, EB23 Prof Paula Nogueira, prof Cândida Vieira

Desafio RS nº 43 - remediar parecia fácil

Trincheiras

Por vezes escreviam cartas. Falavam do sofrimento, da solidão, dos terrores noturnos, em desabafos espontâneos, na esperança, talvez, de um acordar mais sereno.
Mas o regresso às trincheiras roubava-lhes todas as ilusões e os restos de alguma fé. Todos eles temiam que chegasse a sua hora, apanhados pelas metralhadoras, ou gazeados pelo inimigo. A única luz ao fundo do túnel era chegar o «amanhã». E assim, todos aqueles homens esperavam pelo sono que teimava em não vir.
Isabel Lopo, 70 anos, Alentejo

Desafio nº 115 – frase de Valter Hugo Mãe

Ideias para o ano

Olá, eu sou o Sérgio, com 11 anos e agora vou falar sobre os meus objetivos e ideias para este ano letivo:
Este ano irei participar nos clubes de fotografia, teatro, desenho e música de onde já conhecia alguns colegas e irei melhorar os meus conhecimentos e no fim aplicar o que aprendi.
Este ano vou ter mais amigos e participar em mais atividades de grupo e, por fim, vou ter melhores notas e passar de ano.
Sérgio Quitério, 6A, 11 anos, Olhão, EB23 Prof Paula Nogueira, prof Cândida Vieira

Desafio Escritiva nº 12 – a escola…

Tempo de partir

Na alma apenas gravada a luta que travavam contra o sossego que os perturbava. Queriam mudar, desinstalar-se e percorrer o espaço, o tempo, com que atravessavam os dias, na opacidade que os envolvia, como se fossem marginais. Nada mais falso. Ambos eram generosos, autênticos. Mas a mudança… Difícil decisão. A letargia era tanta que os paralisava. Numa manhã um raio de sol incendiou-lhes o rosto, despertando-os. Era hora de partir e abraçar a missão há tanto tempo adiada.
Emília Simões, 65 anos, Mem Martins ― Algueirão

Desafio nº 115 – frase de Valter Hugo Mãe

T.P.C.

Os T.P.C. ocupam muito tempo!
Passo o dia inteiro na escola, chego a casa de noite, tenho que rever a matéria que os professores dão e, às vezes, tenho que estudar o dobro por causa dos testes. Não tenho tempo de brincar, nem de passar tempo com a minha família!
Todas as crianças têm o direito de terem tempo livre!
Sou a Lara tenho 11 anos e peço aos professores:
― Professores, por favor, menos T.P.C.!!! Pode ser???
Lara Polónio Gil, 6ºA, 11 anos, Olhão, EB23 Prof Paula Nogueira, prof Cândida Vieira

Desafio Escritiva nº 14 – direitos da criança

Talvez amanhã

– Não... não! – Tentou recompor-se e prosseguir o caminho, apesar de mal conseguir andar em linha reta.
Porque bebera tanto? Porque bebia sempre tanto? Não era necessário pensar muito para descobrir a resposta: não gostava de si!
Encostou-se ao vidro de uma montra e deixou que o seu corpo grande e gordo escorregasse até se sentar no chão. Não sabia como sair do túnel em que enfiara há tanto tempo atrás. Que fazer?
– Talvez amanhã eu não beba.
Quita Miguel, 57 anos, Cascais
Desafio nº 115 – frase de Valter Hugo Mãe
Faça aqui o download do livro infantil «O Chapéu-de-chuva às Bolinhas» http://ow.ly/ZtAG0


Quem muito escolhe

Havia um concurso, que ao calhar o número jackpot se ganhava 30 euros em compras.
Todas as tardes o senhor Josefino ia à mercearia para ver se ganhava o prémio. Tanto que ele escolhia, mas nada lhe calhava.
Um dia um homem disse-lhe que o prémio nunca lhe iria calhar.
Nunca mais ele apareceu.
Um dia voltou, e teve sorte. O senhor Josefino foi ter com o homem e disse-lhe:
“Quem muito escolhe, um dia terá sorte.”
Beatriz Brandão, 6º A, 11 anos, Olhão, EB23 Prof Paula Nogueira, prof Cândida Vieira
Desafio nº 114 - trocar as voltas ao ditado popular

77x77 - Filipa Taipina

Onde estavas no 25 de Novembro de 1975?
Estava junto às tropas que aguardavam, no local mais alto de Vila Franca de Xira, ordens para mandar abaixo a ponte Marechal Carmona e a A1. Estava frio, as tropas tinham feito uma fogueira no terreno do meu pai. Tínhamos ido dar comida ao Fugitivo, o nosso cão. Enquanto o pai argumentava:
– Não podem fazer tal coisa!
Eu dizia à minha irmã:
– É a guerra! 
Entretanto, as tropas receberam ordens para desmobilizar e tudo acabou em bem!

30/01/17

Programa Rádio Miúdos - 30 Janeiro 2017

Esta foi a história que lemos na Rádio Miúdos 
Para ouvir, abram o link da rádio, carreguem em «Desafios» e procurem o vosso dia!

A pata alta
Ela era uma pata muito alta.
Roma era onde ela queria ir.
Lá queria encontrar o seu amor.
Ela era a mascote da DECO.
E não estava apta para ir.
Acordou e percebeu que era pensamento.
Era cedo e tinha de levantar-se.
Ela tinha uma cadela a Doce.
Mas a Doce tinha uma tala.
Tinha-se jugado de um paraquedas-lata girl.
Sim, um paraquedas feito com latas.
Para um ramo feito de ranho.
Ela tapa sempre os olhos.
Beatriz Simão Gago Pacheco, 11 anos, Olhão, prof Cândida Vieira
Desafio nº 113 – anagramas em frases de 6 palavras

Que os guarde

Vai à luta, procura o teu destino e deixa que ele te embale os sonhos que há tanto sonhas realizar.
Esperar pelo amanhã, dormindo sobre o assunto, não te leva a lado algum.
Os sonhos têm o tempo de serem sonhados, e outro para serem realizados.
Então, pedirei ao destino que se apresse, porque me cansei de esperar.
E se ele não aceitar, resignada lhe pedirei que os guarde,
prometendo esperar para o dia seguinte.
Natalina Marques, 57 anos, Palmela

Desafio nº 115 – frase de Valter Hugo Mãe

Fases e saudades

Quatro filhos, sem ajuda de ninguém, avós ou tias...
Só mamãe e papai, quando podia: trabalhava duro.
Ela forte, fazia o que amava alegre. 
Só quando tiveram catapora e caxumba juntos, ficou pesado. 
Haviam combinado? Um melhorava, outro adoecia.  Noites passaram.
Revezamentos. Porém, o casal não conseguia relaxar, dormir...
Tinham medo de, ao acordar, uma ou outra manchinha aparecesse...
Queriam apenas ver dias e noites passar e mesmo sem dormir, "acordar" daquela fase, chegar num "outro dia"...
Conseguiram!
Chica, 67 anos Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Desafio nº 115 – frase de Valter Hugo Mãe

Esperança do Céu

Não ter aversão ao erro é uma incoerência ao sentir-se livre do perigo. Ser vagaroso para com a cortesia é loucura.
Confiar na própria justiça é estar preparado para a vergonha. Destrói-se, o fraco no dever maior do grande ensinador.
Recordações sagradas fazem o cansaço esquecido quando a guerra termina. A fé enobrece o ânimo.
O arquiteto do Céu é doador de todos os bens. Porém, não se pode procrastinar a verdade que ilumina os corações.
Renata Diniz, 40 anos - Itaúna/Brasil

Desafio nº 115 – frase de Valter Hugo Mãe

Programas Rádio Sim - 30 Janeiro 2017

Todos os programas, sempre com Helena Almeida e Inês Carneiro, nas Giras - podem ouvir-se aqui
(ou pelos links que estão em baixo)

Indicativo do Programa - Música e letra: Margarida Fonseca Santos; 
Arranjos, direcção musical, piano e voz: Francisco Cardoso
- Histórias de Cantar CD - Conta Reconta

Horário na Rádio Sim - 17h45, todos os dias

Quer saber que histórias foram lidas? Vá por aqui:

Desafio nº 115

Dia de novo desafio, preparem-se.
Desta vez, não será um quebra-cabeças, mas sim um pedaço de um livro genial.

Não resisti a trazer-vos uma frase de Valter Hugo Mãe, 
do livro «Homens imprudentemente poéticos», que estou a ler com paixão. 
Nem sequer foi simples escolher a frase! Aqui vai:

Esperaram pelo sono para se mudarem para o dia seguinte.

O que vos surge? Não usem a frase, é só o mote para o texto.
E, já agora, parabéns ao Valter Hugo Mãe, é um livro de uma poética inquietante.

Eu escrevi assim:
Corpos encolhidos por hábito. Era assim que pareceriam a quem os visse. As sombras, desenhadas pela fogueira, acrescentavam-lhes um movimento que não possuíam. Aproveitando a distração da fome, causada pelas bagas impossíveis de mastigar, mudaram de página, de dia, de sofrimento. Dormiram na esperança de não voltar a acordar. Contudo, a noite atraiçoou-os. Emprestou-lhes um descanso que os obrigaria a continuar caminho. E eles, por hábito, assim fizeram. Se alguém os visse, acreditaria na morte que desejavam.
Margarida Fonseca Santos, 56 anos, Lisboa
Desafio nº 115 – frase de Valter Hugo Mãe
EXEMPLOS

29/01/17

Uma rapariga estranha

― Olá! Preciso de ajuda!
― Daqui é o assistente do número 111. O que deseja?
― Estou muito aflita! Perdi as minhas… cuecas.
― Ó senhora, mas esta linha não é para a perda de objetos!!! Esta é a linha para quando não se sabe ensinar alguma matéria ao seu filho.
― Ah! Eu não sabia! Mas pode ajudar-me?
― Olhe, já viu dentro do micro-ondas, ou dentro da mala?
― Encontrei! Adeus! Obrigada!
― Mas que rapariga estranha! Nunca tive um telefonema igual!
Alexandre, 6ºA, 11 anos, Olhão, EB23 Prof Paula Nogueira, prof Cândida Vieira

Desafio nº 111 – linha de atendimento 111

Falhando

Enquanto as doze badaladas se faziam notar, ia desfiando os desejos para o novo ano. A cada passa saboreada, formulou apenas um único desejo: conseguir viver em sintonia consigo própria. Agora que o ano terminava, olhava-o com alguma incredibilidade. Deixou-se existir apenas pelos outros. Reinventou-se nos outros. Cumpriu-se na vontade dos outros. Suspendeu sonhos. Ignorou-se. Amordaçou a vontade de ser ela própria. Cada dia foi ditado sobrepondo-se à promessa que desejou cumprir. E de novo tinha falhado!
Amélia Meireles, 63anos, Ponta Delgada

Escritiva nº 16 - promessa de ano novo por cumprir

Chloé!

― Boa tarde! É do 111?
― Sim, minha menina! 111 “Perfumes de Qualquer Marca!” O que deseja?
― Quero um perfume “Chloé”.
― Qual é?!
― Sim, “Chloé”.
― Ah… Qual é o perfume que a menina quer?
― “Chloé”!
― Qual é, quero eu saber! Ou a menina acha que sou vidente?
― “Chloé”! “Chloé”!
― Você está a gozar comigo ou quê? Porque não vai brincar com alguém da sua idade?!
― Eu quero um perfume “Chloé”!
― Ah! “Chloé”! Porque é que não disse logo!
Carlota Lopes, 6ºA nº9, 11 anos, Olhão, EB23 Prof Paula Nogueira, prof Cândida Vieira

Desafio nº 111 – linha de atendimento 111

A cada dia

O medo ensombrava-me. Conseguiria eu responder ao desafio? Ninguém espera partilhar quem ama. Ninguém deseja que lhe desenhem os dias. Recusei-me olhar para a situação como intransponível. Há sempre algo a fazer… Face à vida há duas opções: ou deixamo-nos vencer ou vencemos. Não seria a incerteza a toldar o que julgava ser o meu caminho. Abri espaço, cedi um pouco do meu mundo. Em cada dia construí a família que desejava. Eu sabia que era capaz!
Amélia Meireles, 63anos, Ponta Delgada

Desafio RS nº 45 – «Eu sabia que era capaz!»

Que alívio!

Era dia da mãe e eu queria preparar um almoço para a minha mãe. Por isso disse ao meu pai para levar a minha mãe a sair enquanto eu preparava o almoço. Usei os melhores ingredientes que podia haver e assim fiz um fantástico prato de esparguete! Mas quando fui buscar as almôndegas vi que não havia nada! Pois fui a todos supermercados mas já não havia! Até que me lembrei que a minha mãe era vegetariana.
Aymane Berqia,6A, 11 anos, Olhão, EB23 Prof Paula Nogueira, prof Cândida Vieira

Desafio Escritiva nº 15 – falta um ingrediente e o jantar é dali a nada…

28/01/17

Programas Rádio Sim - semana 23 Janeiro 2017

Todos os programas, sempre com Helena Almeida e Inês Carneiro, nas Giras - podem ouvir-se aqui
(ou pelos links que estão em baixo)

Indicativo do Programa - Música e letra: Margarida Fonseca Santos; 
Arranjos, direcção musical, piano e voz: Francisco Cardoso 
- Histórias de Cantar CD - Conta Reconta

Horário na Rádio Sim - 17h45, todos os dias

Quer saber que histórias foram lidas? Vá por aqui:

Sentir

A casa parecia sentir a desmotivação, amarrada a ideias que limitavam.
Em cada sentir inspirava-se a mudança -- novas ideias, novos rumos libertadores!
Sem sentir, um caminho claro, com nuances de luz molhada revelou-se!
Caminho inspirador, muito alto, reluzente, mergulhos no que havia para sentir.
Em cada passo tortuoso, penas pesadas, silêncios inacabados, sentir de humilhação.
Em cada momento, sentir o fim, já não era grande admiração!
Contudo, a esperança não se apagara, sentir a doce casa, renovava-a!
Laura Garcez, Lisboa, 44 anos
Desafio RS nº 11 – 7 frases de 11 palavras, sempre com uma palavra repetida

Brigas

Conhecia perfeitamente os seus direitos e, apesar da idade, ninguém a conseguia convencer de que não podia comer hamburger quantas vezes quisesse.
Então quanto ela passou pelo Mc Donalds ela berrou, porque queria comer um
hamburger, mas a sua mãe não a deixava.
Por isso é que, numa noite, ela resolveu ir sozinha ao Mc Donalds.
Mesmo morando ao lado, ela foi apanhada pelo seu pai e ela brigou:
― TENHO TODO O DIREITO DE COMER UM HAMBURGER…
Johana Brotons, 6A, 12 anos, Olhão, EB23 Prof Paula Nogueira, prof Cândida Vieira

Desafio Escritiva nº 14 – direitos da criança

Quem não tem gato...

É Natal, tenho que preparar três sobremesas para a ceia.
Depois de duas sobremesas apercebi-me que me faltavam bolachas...
― Mas como faço serradura sem bolachas?!
Bati à porta do vizinho:
― Vizinho? Desculpe incomodar, mas pode dar-me 25 bolachas?
― De chocolate?
― Não...
― De morango?
― Não...
― Então de baunilha?
― Nããão, bolacha Maria, por favor!
― Hummm, não tenho... Mas troque a bolacha por folhas de gelatina e tem tarte de natas!!!
― Quem não tem cão caça com gato... Problema resolvido...
Lara Polónio Gil, 6ºA, 11 anos, Olhão, EB23 Prof Paula Nogueira, prof Cândida Vieira

Desafio Escritiva nº 15 – falta um ingrediente e o jantar é dali a nada…

Promessas

Consigo fazer promessas
Só de mim para comigo,
Se me saem às avessas
Nada está comprometido!

Das bolachas aos pacotes,
Ou quaisquer doces à mão,
Não ensaio os meus dotes
Para lhes dar conclusão!

Minhas filhas e marido
Não param de reclamar:
«-Isto faz algum sentido?...
Depois não queres engordar!…»

Problema recorrente…
É de fabrico… um degredo!...
Não lhe passo indiferente,
Mas prometo em segredo…

Manter-me bem entretida
Resulta em pedagogia;
Fazendo histórias da vida
― Solução: Filosofia!
Maria do Céu Ferreira, 61 anos, Amarante

Desafio Escritiva nº 16 - promessa de ano novo por cumprir