14/03/17

Manuela Vila-Chã Branco ― desafio RS nº 47

Eram quatro da manhã!
Apertou o xaile ao peito. Com hesitação avançou para a solidão do beco, negro e místico como um jaguar. O primeiro espicaçar de dúvida atingiu-a, o dedo da raiva
iria terminar em grande com a sua zanga.
Estava falido, mas qual varejeira em redor de uma lamparina, a rival atacava o urso pelos flancos.
Ao vê-los, a atrapalhação surgiu e oculto pelo bárbaro crime da traição, tombou.
Nota: Era impossível amar alguém assim!

Manuela Vila-Chã Branco, 60 anos, Lisboa
Desafio RS nº 47 – 23 palavras obrigatórias!

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