31/03/18

Joana Marmelo ― desafio 138


Noivou no meu jardim, este casal de gafanhotos. Ele, robusto, de asas firmes e ela, franzina e de olhos dóceis, como os de qualquer fémea enamorada.
Decidiram casar numa manhã de verão. A borboleta e o besouro apadrinharam esta união de sangue verde, abençoada pelo escaravelho, respeitado sacerdote. Houve banquete toda a tarde na figueira do meu quintal e quando o sol se escondeu, em saltos de gafanhoto, foram de lua-de-mel, qual casal enamorado, para destino incerto.
Joana Marmelo, 50 anos, Cáceres, Espanha
Desafio nº 138 ― frase de Hemingway, dia do livro infantil


Carla Silva ― escritiva 30


Abri o jornal e sorri ao ler a notícia em letras garrafais.
"Após dias de acalorado debate, os governantes acordaram respeitar o espaço, assim como as ideologias de cada nação"
Ora ali estava uma boa nova!
Bastava isso para o mundo se tornar um lugar melhor. Um lugar onde, apesar da cor, credo ou outra diferença qualquer e que apenas nos diferencia superficialmente, um individuo é apenas um individuo com os mesmos direitos que tu e eu.
Carla Silva, 44 anos, Barbacena, Elvas
Escritiva nº 30 ― notícia boa


Paula Castanheira ― desafio 138


Alice Mortágua aprendeu a ler antes da escola, alimentava-se de personagens, de mundos só seus. Com um radar afinado, captava as vidas dos outros e levava-as para dentro das histórias.
Tentaram arranca-la da ficção, retirar-lhe a liberdade, sugar-lhe a imaginação, fazê-la advogada. Chegou a ver na morte, a única porta para a liberdade.
Certa noite, num sonho apareceu-lhe Pessoa que lhe segredou: Matar os sonhos é matarmo-nos e Alice voltou. E lutou pelo que a fazia feliz!
Paula Castanheira, 54 anos Massamá
Desafio nº 138 ― frase de Hemingway, dia do livro infantil


Susana Sofia Miranda Santos ― desafio 138


O Zézinho e a mãe foram realizar as compras finais do enxoval dos irmãozinhos... que tédio!
Na rua encontraram o padre Godofredo, que felicitou a mamã pela gravidez, mas quando perguntou ao Zézinho se preferia um irmão ou uma irmã, ele afirmou que teria ambos, contudo, o seu sonho era ter um cão.
Uma resposta tão absurdamente inocente, repleta de pureza, originou risos imediatos, merecendo obter o sonho concretizado... o cão chegou a casa antes dos gémeos!
Susana Sofia Miranda Santos, 38 anos, Porto
Desafio nº 138 ― frase de Hemingway, dia do livro infantil


Maria Pires ― desafio 15


― Mãe estou com comichão na cabeça... Primeiro era uma comichão boa, mas agora já me dói o couro cabeludo! – disse o Manuel.
― Calma, filho, não te coces mais! A mãe comprou um champô na farmácia que consegue combater esse exército de piolhos em apenas 20 minutos – disse a D. Ana.
― Piolhos? Eu não quero ter piolhos! Por favor mãe “coça, coça”; “caça, caça”; “mata, mata”! O teu exército tem de vencer esta batalha!
― Claro que sim, Manuel!
Maria Pires, 3º/4º B, EB Galveias, professora Carmo Silva
“Era uma comichão boa.” Livro: Todos os escritores do mundo têm a cabeça cheia de piolhos, de José Luís Peixoto
Desafio nº 15 com frase retirada de um livro


30/03/18

Diário 77 – 7 – Uma história de carris

Corriam sempre a par, sempre, nunca se poderiam encontrar. Era um destino, diziam uns, um castigo, achavam outros, embora não se soubesse de alguma maldade a merecer punição.
E corriam, corriam, sem que um centímetro lhes possibilitasse a esperança da aproximação. Decorreram anos e anos. Eram dois carris de comboio, separados por traves vigorosas. Eram dois carris profundamente apaixonados.
Quis então o tempo que se emendasse tal sofrimento. Um descarrilamento torceu-os, entrelaçaram-se e nunca mais se soltaram!
Margarida Fonseca Santos


Diário 77 – 6 – TPC

― O trabalho de casa, Pedro?
― Não fiz…
― Porquê?
― Tinha muitas brincadeiras em atraso, professora Helena, muuuuuuiiiiiitas!
― Que grande disparate!
― Não, é verdade! Fiquei de brincar à macaca com a Joana e só ontem consegui. Apetecia-me brincar aos carpinteiros, que é quando ajudo o meu pai a consertar coisas, e ele deu-me muitas tarefas. E, depois do jantar, deu-me vontade de brincar a lavar. Foi a loiça toda, não deu tempo.
Helena sorriu. Era verdade! Tudo coisas importantes.
Margarida Fonseca Santos

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Desafio nº 138

Vamos comemorar o dia do livro infantil, a 2 de abril, falando da escrita e da leitura.

O que pensam desta ideia de Hemingway?
“Escreve, se puderes, coisas que sejam tão improváveis como um sonho, tão absurdas como a lua-de-mel de um gafanhoto e tão verdadeiras como o simples coração de uma criança.”  Ernest Hemingway

Deixo-vos o que em mim surgiu:
Ajoelhara-se, silenciosa, no soalho. Ocupar-se-ia da cera, distraindo-se assim da revolta que lhe destruíra o sonho ― ser paramédica, regressar a casa. No seu país, queria acompanhar a saúde dos muitos que precisavam. Nada acontecera. Posta de lado nas candidaturas, foi-lhe concedida a gentileza de um trabalho menor.
― Que faz aqui? ― Aquela voz assustou-a.
Explicou-se, disfarçando mal a derrota. Só que aquela mulher fê-la levantar-se e terminar a inscrição. Quando regressasse ao seu país, cumprir-se-ia o seu sonho.
Margarida Fonseca Santos, 57 anos, Lisboa
Desafio nº 138 ― frase de Hemingway, dia do livro infantil
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MAIS TEXTOS

29/03/18

Colette Johnston ― desafio 36


A primeira vez que viajou de comboio  tinha três anos. Tratava-se duma surpresa que a avó tinha preparado sem dizer nada aos pais do menino. No entanto, eles ficaram contentes com a ideia de a criança passar um dia em casa do tio que morava na capital. O menino adorou a viagem! Aliás, no fim, não queria sair do comboio. Finalmente, por meio da promessa da viagem de volta, a avó conseguiu que o Pablo saísse.
Colette Johnston, 57 anos, Valladolid, Espanha 
Conseguiu por fim o tio dizer, duma só vez. ― Lídia Jorge em “Marido e Outros Contos” ―  A Instrumentalina
Desafio nº 36 – uma frase de um conto de autor, usando as palavras por ordem inversa


Elsa Alves ― obrigada!


Não sei o que os habituais participantes nos Desafios das 77 palavras pensam mas eu... bom, eu acho que a Margarida nos está a "passar a perna"... Aproveitando ter menos tarefas nestas férias, resolveu utilizar estes dias livres para escrever, ela própria, textos de 77 palavras, claro. Admite estar nisso viciada. Percebo-a, perfeitamente. E é uma forma linda e original de celebrar a Páscoa: oferecendo-nos belas palavras em vez das tradicionais amêndoas. Pela minha parte, agradeço-lhe imenso.
Elsa Alves, 69 anos, Vila Franca de Xira


Vicente Almeida ― desafio 47

crime foi bárbaro! Aquele ladrão saiu com um jaguar, que urso! Apareceu oculto por um grande xaile, nem lhe vi a cara, mas para me espicaçar, apontou-me o dedoPrimeiro roubou um banco, depois, para terminar, saiu sem hesitação, a abanar a nota. Que atrapalhação! Fiquei falido e na solidão, só com uma lamparina. Como pagar ao meu rival? É impossívelQuatro notas não chegam. Estou místico! E esta mosca varejeira não me larga. Que zanga!
Vicente Almeida, 11 anos, Porto 
Desafio RS nº 47 – 23 palavras obrigatórias!


Teresa Maria Simões Martins Caeiro ― escritiva 30


A Irene vem aí… sabes, aquela amiga ligeira e meio aérea que quando chega nos faz lembrar como é bom o calor e o sossego do lar. Tem um jeito desempoeirado e frenético, leva tudo atrás de si. Rodopia qual bailarina e se nos aproximamos obriga-nos a voar até sentirmos o ar gelado no rosto. Mas não é má, é por causa dela que nos aconchegamos em casa, espreitando-a na janela enquanto varre as folhas da rua…
Teresa Maria Simões Martins Caeiro, 59 anos, Lisboa
Escritiva nº 30 ― notícia boa


Isabel Sousa ― desafio 137


O burro apaixonado
Pela primeira vez,  o burro Benfeitor amava. De forma inesperada, a rosa vermelha tinha sorrido para ele. Pouco letrado, dizia: "Tenho um  isqueiro aceso no meu peito desde que a vi". Pediu, então, ao seu dono para a colocar entre as suas orelhas. Alegre, mostrou-lhe campos e vales, mas a rosa  murchou e morreu. Benfeitor ficou verdadeiramente arrasado. Como era inteligente, apesar de burro, finalmente compreendeu que amar é também respeitar a natureza de quem se ama.
Isabel Sousa, 66 anos, Lisboa
Desafio nº 137 ― rosa, isqueiro, burro

28/03/18

Diário 77 – 5 – Ai, Berta

Berta estava a fazer birra como de costume. Bebera tanto sumo que berrava de excitação descontrolada. Bem lhe dissera a Blimunda: não podes beber assim, faz-te mal”. Borrifando-se para o caso, Blimunda saiu de casa, baixando a persiana na belíssima intenção de acalmar Berta. Nada feito. Agora, batia contra as portas, bradava impropérios vários, e bastava ouvi-la para perceber: Berta tinha realmente exagerado. Bebendo tanto açúcar, acabara bem mais excitada. Benzendo-se três vezes, afastou-se Blimunda correndo ― livra!
Desafio RS nº21 – de 3 em 3 plvrs 1 começada em B
Margarida Fonseca Santos


3º/4º B, EB Galveias ― desafio 15


Um dia acordei com uma enorme comichão na cabeça e fui queixar-me à minha mãe. Depois fui comprar “Mini Piolhos”, o champô que supostamente mata tudo, mas não adiantou de nada.
Fui para as aulas cheio de comichão na cabeça, mas era uma comichão boa. Cheguei à escola e fui participar no Canguru Matemático.
De repente comecei a ouvir uma voz fininha a dizer:
― Responde A), agora C), depois (B)…
― Boa piolho, continua! ― disse eu muito contente.
3º/4º B, EB Galveias, professora Carmo Silva
“Era uma comichão boa.”, Livro: Todos os escritores do mundo têm a cabeça cheia de piolhos, de José Luís Peixoto
Desafio nº 15 com frase retirada de um livro


Glória Vilbro ― escritiva 30


Será amanhã promulgada a nova Lei do Trabalho. Conforme estipulado em reunião entre patrões e sindicatos, os trabalhadores terão direito a ordenados justos, correspondentes à sua produtividade. Estarão asseguradas a progressão nas carreiras, a actualização salarial e um vinculo laboral cessante em caso de manifesta vontade do funcionário, ou justa causa do empregador. Testes vocacionais e formação continua estão incluídos nesta lei. Não haverá discriminação de idade (até à reforma) ou de género, para admissão de trabalhadores.
Glória Vilbro, 50 anos, Negrais, Almargem do Bispo - Sintra
Escritiva nº 30 ― notícia boa


Domingos Correia ― desafio 137


Amor sem vela nem rosa
Enquanto esperava, sentado à mesa debaixo das glicínias, seus olhos brilhavam.
Quando, finalmente, a sua amada chegou, tal como idealizara, recebeu-a com uma vénia, beijou-lhe a mão… pegou no isqueiro… "ah?!... a vela?... e a  rosa?... não acredito!!!"
Parte da vela e da rosa ainda se viam na boca do burro que, curioso, deixou a erva do prado e se veio juntar à festa…
Bem… mesmo sem vela, nem rosa… acabaram abraçados…
…e viveram felizes para sempre!
Domingos Correia, 60 anos, Amarante
Desafio nº 137 ― rosa, isqueiro, burro


Vicente Almeida ― desafio 122


A Rita quer aquecer leite no micro-ondas mas não o encontra. Apareceu um mosquito que a picou por que ela não tinha spray antimosquito. Foi desinfectar com a mãe e em vez de doer, foi extraordinário. Sobretudo porque ela não usou álcool. Para além da picada do mosquito reparou que tinha borbulhas e ficou preocupada. Mas não tinha tempo para pensar, pois estava na hora da explicação. Só tinha mesmo tempo para comer uma fatia de bolo.
Vicente Almeida, 11 anos, Porto
Desafio nº 122 ― um mosquito no leite


Colette Johnston ― desafio 15


São agora nove da manhã e Bernardino não vai trabalhar. Ainda não acredita que todos os dias vão ser assim. Pensa na festa de despedida que os seus colegas prepararam. Olha para a mesa de cabeceira e vê o relógio que lhe ofereceram.  Pega nele e sorri. É um bom relógio, aliás, é o melhor relógio que alguma vez teve. E pensa na ironia da situação; ter um relógio de ouro agora que já não precisa dele.
Colette Johnston, 57 anos, Valladolid, Espanha
Frase tirada de “Debaixo de Algum Céu” de Nuno Camarneiro  
Desafio nº 15 com frase retirada de um livro


27/03/18

Diário 77 – 4 – O teste

Como ninguém se acusava, pensei que estava tudo dito. Agarrei na pasta e preparei-me para sair. Não voltaria, estava decidido. O confronto fora longe demais, transformando-se num ponto final para mim. Saía de cabeça baixa, de ânimo desfeito e futuro comprometido, muito comprometido. Batalhara muito para entrar na firma, não sabia o que pensar. Mas, nesse instante, levantaste-te e pediste-me para esquecer aquela luta. Afinal, fora apenas um teste para avaliar o meu carácter. E fora aprovado!
Margarida Fonseca Santos

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26/03/18

Diário 77 – 3 – Carlos

Ele anda sempre descalço. Não se arrepende. Os pés na pedra, todo contente, aos saltos. Corre sem descanso, não tem medo de nada. Certa tarde, ela passa. Carlos desaparece. A mãe comenta:
― Está atrasado! Nem come, nem nada.
Não o encontra na estrada, na escada, na escola. Onde estará?
Carlos só entra em casa tarde, com o sol a tentar desaparecer. A mãe está possessa!
― Onde andaste?!
Não responde, não pode responder. O coração, esse, até salta…
Desafio nº 8 – crise de letras; usar só  E  O  T  R  S  P  L  M  N  D  C
Margarida Fonseca Santos


Ana Fulé Pereira ― desafio 15


Estava um dia lindo de primavera. Catarina foi com a sua mãe ao parque da cidade passear.
Quando chegaram ao parque observaram um velho sentado no banco do jardim. Ele devia estar a ver um álbum de fotos dos seus netos. O velho começou a cantar. Cantava uma melodia lindíssima, que fazia com que Catarina se lembrasse do avô, quando este ia deitá-la e para a adormecer cantava-lhe exatamente essa melodia.
Tinha saudades do seu querido avozinho…
Frase “O velho começou a cantar.”, retirada da obra O menino que não gostava de ler, de Susana Tamaro.
Ana Fulé Pereira, 5ºC, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix
Desafio nº 15 com frase retirada de um livro


Mariana Rocha Afonso ― desafio 15


Era uma vez, um mágico.
Era a sua estreia e estava muito nervoso.
Antes do espetáculo, ficou horas e horas a treinar, quase não dormiu.
E disse:
― Acorda! Acorda! Está quase na hora do espetáculo.
Foi pôr água na cara para ficar acordado e, entretanto, começou. 
Ele começou pelo truque que nunca falha, que era abrir uma porta com a varinha. 
Então disse:
"Abre-te, sésamo!", mas não resultou. E estava tão cansado que caiu para o lado.
Obra: Ali-Babá e os 4º ladrões, adapt. Luc Lefort
Mariana Rocha Afonso, 6º A, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix
Desafio nº 15 com frase retirada de um livro


Isabel Lopo ― escritiva 30


Vai haver um novo Alqueva no Ribatejo! Entre Lisboa e Abrantes, o Tejo ficará navegável. O Alqueva tem sido a salvação de muitos agricultores Alentejanos. Não sendo suficiente, evita que a fome chegue a muito mais casas, quando a seca aperta. Agora, é tempo de valer aos Ribatejanos. Os Homens da borda de água também reclamam por mais água. E é justo. Mas nada disto substitui a chuva bem caída como a deste ano. A terra agradece.
Isabel Lopo, Lisboa
Escritiva nº 30 ― notícia boa
EXPRESSO Economia, 24 de março de 2018


Beatriz Ramalho ― desafio 15


Sempre gostei de ter um animal de estimação: um gato, um cão até um papagaio, mas acho que o papagaio ia estar sempre a imitar os outros.
Fui perguntar aos meus pais se podíamos ir adotar um animal… Eles disseram que era uma boa ideia. E lá fomos.
Quando chegamos lá, havia muitos animais, e o que eu mais apreciei foi de uma cadela de cor castanho claro e um focinho preto. E finalmente tive um animal!
Frase Era uma boa ideia., retirada da obra Pinguim, de António Mota
Beatriz Ramalho, 5ºC, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix
Desafio nº 15 com frase retirada de um livro


Íris Freitas ― desafio 15


Não consigo entender muita coisa. Não consigo entender como estás sempre a sorrir, não consigo entender como nunca te vi chorar, como nunca te vi triste. Nunca cheguei a entender, mas também não te vou perguntar. Estás estranha, estás diferente. Ando a reparar em ti, talvez já tenhas notado, mas não me importo. Só se estiveste a fingir este tempo todo, mas depois de tanta coisa, descobri que afinal, atrás daquele sorriso, tu não estavas a sorrir...
Obra: António Mota "Pedro Alecrim" 
Íris Freitas, 6º A, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix
Desafio nº 15 com frase retirada de um livro


Programas Rádio Sim - semana 26 março 2018

Todos os programas, sempre com Helena Almeida e Inês Carneiro, 

nas Giras e Discos, podem ouvir-se aqui (ou pelos links que estão em baixo).

Indicativo do programa:








- Música e letra: Margarida Fonseca Santos; 
Arranjos, direcção musical, piano e voz: Francisco Cardoso
- Histórias de Cantar CD - Conta Reconta

Horário na Rádio Sim - 17h45, todos os dias.

Quer saber que histórias foram lidas? Vá por aqui:

PODCAST ESCOLAS 16 A 20

Tudo aqui 

PODCAST ESC 16 – Ana Maria e Gonçalo ― 26 março 2018  OUVIR
Ana Mª Silva, 11 anos Gonçalo Patrício, 12 anos, Desafio nº 35 – partindo de dois versos de autor
Olhão, Escola EB 2/3 Professor Paula Nogueira, Prof.ª Cândida Vieira

PODCAST ESC 17 – Daniela e Pedro ― 27 março 2018  OUVIR
Daniela Pimentel e  Pedro Sousa, 6.º ano, EBI Francisco Ferreira Drummond, Açores, Terceira, prof Paula Magalhães
Desafio nº 1 – palavras impostas: pena, sorriso, fogo

PODCAST ESC 18 – Eduardo e Rodrigo ― 28 março 2018   OUVIR
Eduardo Costa, 14 anos, ES Ferreira Dias, Agualva – Cacém, com a professora Cristina Santos
Desafio nº 76 – escrever sem a letra O
+
Rodrigo Alexandre Simões, 6ºB, 13 anos, Lisboa, EB 2,3 do Alto do Lumiar, Prof Silvestre Soares
Desafio RS nº 47 – 23 palavras obrigatórias!

PODCAST ESC 19 – Margarida e Leonardo ― 29 março 2018   OUVIR
Maria Margarida Espanhol
+
Leonardo Schenk
6.º B, Colégio Bernardette Romeira, profs Joana Romano e Inês Martins
Desafio nº 23 – percurso de palavras obrigatório: leitão + rolha + almofariz + despertador + bola de ténis + vespa + papel

PODCAST ESC 20 – Marta e Tomás ― 30 março 2018   OUVIR
Marta Andrade
+
Tomás Ferreira
4ºA, Escola da Ermida, São Mamede, de Infesta-Matosinhos, prof Liliana Mendes
Desafio nº 34 – grelha de 16 palavras obrigatórias

25/03/18

Diário 77 – 2 – Foge depressa

Foste tu?! Deste um soco ao Luís? Foste capaz? Uau… Ficou de olho negro? Fixe! Grande cena, meu. Eu nunca fui capaz. E depois, chorou? Pois, ele é chorão, sempre foi assim, um bebé chorão… E não te bateu? Foi sorte tua. Resta saber se vai fazer queixa de ti. Se ele conta à irmã, estás feito. Ah, pois é, não podes bater e sair assim sem mossa! Foge, foge, corre e bem, o tempo é pouco!
Desafio nº 44 – palavras com apenas 1 ou 2 sílabas
Margarida Fonseca Santos

OUVIR

24/03/18

Diário 77 – 1 – A risca de Zebi

Lá vinha Zebi, desnorteada, perguntando pela risca perdida. Ouviam-se resmungos, ninguém queria saber. E a zebra continuava, na esperança de a encontrar.
Os ratos riam-se. Zebi não perdera qualquer risca. Apanhando-a a dormir, tinham-lhe pintado uma risca preta… de branco.
Zangado, o leão, rei da selva, chamou-os. Eles apareceram? Não! Estavam a pintar uma lista branca num puma. Dizia-se que puma e zebra, inimigos até àquele dia, acabariam amigos. Já os ratos, são amigos, mas da onça!
Margarida Fonseca Santos

OUVIR 1 - A risca de Zebi

DIÁRIO 77

Uma história por dia, nem sabe o bem que lhe fazia

É isso, ouvir uma história todos os dias!



São escritas por mim, Margarida Fonseca Santos, porque estou sempre a escrever em 77 palavras e porque adoro lê-las. 


Divirtam-se com elas, oiçam aqui:

Diário 77 ― 64 ― As mensagens  texto
Diário 77 ― 63 ― O temporal    texto