A gorda parecia um moscardo: zumbia como este seu parente. No andar de cima havia uma, magrizela e muito ativa: não tinha nada de mosca-morta.
Quando vieram os desalojamentos, fecharam tudo e não ficou nada para comer…
A magrinha conseguiu passar por um orifício pouco maior que o fundo de uma agulha e desceu em socorro da vizinha que, desesperada, se picara a si mesma e estava quase em coma.
Abraçadas, sobreviveram, até as janelas serem abertas.
Graça Samora, Portugal
Graça Samora, Portugal
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