Mulheres e urgências
Vaidosa cai na tentação de comprar
um aparelhinho mágico e poderoso que fazia milagres, pelo menos na TV.
Uma caixinha, fios, eletrodos colados ao corpo, para a tal massagem caseira.
Parecia um robô, quieta, recebendo os choquezinhos, nada agradáveis.
Uma caixinha, fios, eletrodos colados ao corpo, para a tal massagem caseira.
Parecia um robô, quieta, recebendo os choquezinhos, nada agradáveis.
Para acelerar o processo,
aumentava a intensidade. Pulava dos choques!
Quase fiquei grudada do choque!
Após, apenas ver aquilo, já ficava CHOCADA.
Quase fiquei grudada do choque!
Após, apenas ver aquilo, já ficava CHOCADA.
O aparelho?
Mais um tão famoso e URGENTE, não tinha mais serventia.
Sobrou
atirado num canto!
Chica, 66 anos Porto
Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Mulher
Gosto dos filmes que me desidratam, daqueles em que
ensopo um pacote de lenços, solto um ou dois «que bonito!», acompanhado de um
soluço e termino com olhos de cachucho.
É verdade que também me preenche soltar uma boa
gargalhada, mas confesso que não é fácil fazer-me rir.
Já para verter o líquido salgado das lágrimas é
preciso bem pouco. Um animalzinho abandonado, alguém que se prontifica a ajudar
e a torneira abre-se.
Sou uma chorona assumida.
Quita
Miguel, 55 anos, Cascais
Fantástica
Na fábrica da vida, inventora fantástica!
Seu nome é mulher que produz peças de robóticas contra as engrenagens
contrárias.
Seu endereço é arquitetura projetada pela fé, confiança de que dará certo
quando chegar o fim.
A produção dela é intensa, contrasta com tudo o que é ruim.
A sua filosofia é cheia de vida verbal e não verbal.
Do silêncio, por vezes, ela é companheira que – para além de ser artista
– passa a ser cientista!
Renata Diniz, 39 anos,
Itaúna, Brasil
Há homens…
Ele, depois uma
jornada ocupada, estava a lavar a louça sem fazer beicinho. Seguidamente
limpou, com sorriso largo, as janelas. E quando o seu mais jovem descendente
chorou, mudou cantarolando a fralda cheia. Além disso, antes de o filme começar
na televisão, ainda teve tempo para passar a ferro uma pilha de roupa.
Querida! Farei um
chá doce durante o intervalo. A esposa anuiu e pensou: estou tão contente por
ser casada com um ser extraterrestre.
Theo De Bakkere, 62 anos, Antuérpia,
Bélgica
Eram inseparáveis desde pequenas. Helena foi viajar e apaixonou-se. Teresa,
ficou desasada... Inscreveu-se num curso de férias enquanto a amiga namorava
por net. Partiu. Pouco tempo depois conheceu um professor e perdeu-se de
amores. Quando regressou contou tudo à amiga. Felizes, resolveram apresentá-los
uma à outra. Era só ligar o Skype e ali estavam eles. O pior foi terem
descoberto que o apaixonado era o mesmo! Decidiram curtir o momento, e
deixaram correr... Ele que se aguentasse!
Isabel Lopo, 69 anos,
Lisboa
Num encontro de sete grandes e divertidas amigas
todas diferentes e tão sortidas
com bastante educação
mas em simbiótica reflexão
resolveram brindar
e definição de mulher clarificar:
– mulher mãe amor incondicional
– mulher amante sensual
– mulher independente sensacional
– mulher trabalhadora laboral
– mulher pensante intelectual
– mulher boneca sensacional
– mulher completa essencial.
Musicadas as noções
de per si em sensações
sete mulheres então
rindo risos muitos sisos
soltaram os seus sorrisos
da loucura à transfiguração
Ó mulheres, que grande confusão!
Ana Mafalda, 45 anos,
Lisboa
Chegaram. Entraram ruidosamente. Juntaram mesas. Arrastaram
cadeiras. Sentaram-se. Riram alto. Falaram mais alto. Mataram o silêncio morno
daquele café. Encomendaram. “Três cafés cheios e três normais”. E um bolo. Para
as seis. Vieram os cafés. Três cheios, três normais. E um bolo. Uma fatia de red velvet, corpo vermelho de
branco vestido. Matematicamente dividida em seis porções iguais. Não caberia
mais nas ancas largas, nas barrigas proeminentes, nas coxas roliças, nos seios
XL escondidos nos largos aventais.
Ana Paula
Oliveira, 54 anos, S. João da Madeira
Diversidade
Ousadas ou atiradas?
Corajosas,
enxeridas...
Engraçadas ou
humoradas?
Na luta:
aguerridas!
Loucas,
atrapalhadas?
Por vezes vadias,
Em outras,
vira-latas,
Mas nunca
vazias!
Curvilíneas,
magricelas
Ou bastante
arredondadas
Recatadas,
donzelas
Gostosas e
assanhadas
Afinal quem são
elas?
Aos risos e
espalhadas,
Juntas são
tagarelas
Parecem
desatinadas!
Lindas,
olhos e vincos.
Cheiros, decotes,
cores.
Saltos, batons e
brincos.
São assim sem pudores.
São tantas nuances
Na mesa leves,
educadas.
Versáteis em outro
lance.
Avassaladoras,
apaixonadas...
Afinal,
quem são elas?
Roseane Ferreira, Estado do Amapá, Macapá,
Extremo Norte do Brasil
É "Leonesa", Minha Senhora
Antigamente, as pessoas com "posses", tinham normalmente uma empregada doméstica a tempo inteiro.
Mariana, rapariga do campo, educada, servia um casal onde era muito estimada.
Antigamente, as pessoas com "posses", tinham normalmente uma empregada doméstica a tempo inteiro.
Mariana, rapariga do campo, educada, servia um casal onde era muito estimada.
Aos domingos de tarde, ostentava seus vestidos domingueiros, humildes
mas impecavelmente asseados e engomados.
A patroa dizia-lhe sempre que estava bonita.
Perguntava onde tinha comprado, quem o tinha confecionado, sempre
interessada e simpática.
Mariana lá respondia, terminando sempre com as mesmas palavras:
– Foi feito pela minha prima e é "leonesa", minha senhora.
Rosélia Palminha, 67 anos, Pinhal Novo
Forte
personalidade
Dona Bexiguinha era uma volumosa mulher, engraçada nos trejeitos e nada
apoquentada pelo aspecto facial, cordilheira terrosa de cicatrizes que a doença
estampara. A turbamulta das mulheres do seu quotidiano olhava-a sempre de
soslaio, esgrimindo risinhos de escárnio, mas ela moita-carrasco. Assim se
esquivava.
Um inusitado aparato perto da residência, aguçou o apetite alcoviteiro. Uma
marca de cosméticos oferecia-lhe tratamento dermatológico garantido.
As louquinhas do costume de boca aberta. Enfim, ela sobranceira:
– Tomem lá e vão almoçar.
Elisabeth Oliveira Janeiro, 70 anos, Lisboa
Discussão peculiar
A guerra entre Maria Antonieta e Gertrudes Casquinha vinha dos tempos das
avós.
Sempre que se cruzavam tinha discussão. Mas eram muito peculiares.
E ali estavam.
– Quem ela é, Maria Antonieta a grande mentirosa.
– Minha amiga, quem tem telhados de vidro não atira pedras.
– Amiga!? Vozes de burro não chegam aos céus.
– Quem nunca pecou que atire a primeira pedra.
– Bem prega Maria em casa vazia.
– Onde o tolo perdeu, o esperto aviso colheu.
Zangam-se as comadres...
Carla Silva, 41
anos, Barbacena, Elvas
São todas Marias. O segundo nome diferencia-as.
Leonor – a versão socialite. Sempre na moda, dondoca,
sorridente, mãe e esposa exemplar, aspecto frágil e gracioso, uma excelente
anfitriã. A mulher original.
Luísa – a aventureira. Corajosa, viajada, sem papas na língua, prática,
justiceira, Maria-rapaz, solteira por convicção. A mulher fortaleza.
Inês – a versão discreta. Humilde, discreta, tímida e romântica. Sem dar
nas vistas, faz bem a tanta gente. A mulher simples.
Qual a melhor? A Maria, mulher com certeza.
Vera Viegas, Penela da
Beira, 31 anos
Mulher - História de mulher
Mulher
guerreira
Que
vende na feira
Que
mostra o que é.
Vem,
Em
forma de semente
Lançada
ao vento
Pisada
no chão.
Renasce
em cada estação
Para
florir de novo
Sem
repetir
E
guardar no coração.
Carrega
cestos de flores
E
abraços multicolores
E
filhos sem sentir dores.
Ama
sem medida,
E em
cada despedida
Luta
desmedida.
Chora,
grita,
E ao
amanhecer medita
Para
novo dia viver.
É
mulher, com fome de vida
Apenas
lhe resta
Sobreviver!
Alda Gonçalves, 47 anos, Porto
Mulheres…que se lhes há de fazer…
Aos sábados, um
grupo de amigas, levadas da breca, alugavam uma cabana numa montanha isolada.
Era um
forrobodó!
Dançavam,
comiam, riam… bebiam. Depois, já madrugada, saíam, contemplavam as estrelas e
pediam os seus desejos.
Numa dessas
farras, aconteceu aparecerem, atraídos pela comida, uma meia dúzia de ratinhos.
Mulheres em
pânico!
Atropelando-se,
saltaram para cima do exíguo espaço da mesa e ali ficaram. Olhos arregalados,
coração parado, brancas como a cal, dentes a ranger…
…acagaçadas até
aos ossos!
Domingos Correia, 57 anos, Amarante
Mulheres
Mulheres são beleza
São botões de rosa,
São delicadeza
De pele mimosa!
Mulheres são doçura,
São a simpatia
São mães porventura
No seu dia a dia!
São o brilho no escuro,
Beleza ao luar,
Cheias de atributos
P’ró homem amar!
São também defeitos…
Não só perfeição,
Mas são pacientes,
Sabem dizer não!
Mulheres são orgulho
Em ser o que são!
Custa-lhes quebrar
Se têm razão!
Mulheres são no mundo
A moderação!
Trazem o amor
No seu coração!
Maria do Céu
Ferreira, 59 anos, Amarante
Ti Madalena era tão coscuvilheira que não havia ninguém
igual em todo o bairro. Espiava todos os homens, das outras, claro…
– Não querem lá ver que a ti Maria anda feita com o José
alfaiate!
– Não digas isso, mulher. Para ti todos se atiram à Maria.
– Todos não, meu Zé, não malha no que é dos outros.
– Pensas tu! Melhor seria cuidares do que é teu!
– Olha lá, que sabes tu?
– O que ele me vai contando!
Amélia
Meireles, 62 anos, Ponta Delgada
A sobremesa
– Mãe, para sobremesa quero melancia, está bem?
– Oh filha, melancia não, escolhe antes outra coisa... Olha aqui estes
queques com tão bom aspecto!
– Mas eu prefiro melancia...
– Olha, olha estes de chocolate, que delícia! Ou um chupa-chupa!
A miúda olhava desalentada para a fruta e para os doces. E eu sofria
baixinho com aquela crueldade. Não fosse a situação real, até seria engraçada,
como se de uma cena cómica se tratasse.
– Mas, mas… Então não quero nada!
Mariana de
Carvalho, 34 anos, Leuven, Bélgica msmfcarvalho@gmail.com
Enganada? Porque não?
Cristina,
jovem, cabeleireira, sorriso aberto. Teresa, trinta e cinco anos, doméstica, ar
cansado. Madalena, meia-idade, divorciada, notária, olhar decidido.
Em
comum, desejavam um companheiro.
Conheceram-no
na NET. Escrevia bem, tinha charme, falava ao coração das mulheres.
Marcaram
encontros amorosos, mantinham uma relação estável, mas descontínua.
Certo
dia, descobriram que andavam com o mesmo homem.
Ignoraram,
fizeram de conta: Cristina, por divertimento e desafio; Teresa, porque este lhe
pagava as contas; Madalena, por dificuldade em encontrar outro disponível.
Isabel Sousa, 63
anos, Lisboa.
Em contramão
com a vida
Cabisbaixa,
arrastava os passos e os pensamentos; as lágrimas a correrem-lhe pelas faces e
a inundarem-lhe a alma. Em contramão com a vida. Desempregada, só, desamada e
desencantada.
Andar rápido,
vivo, alegre; rosto aberto num sorriso matreiro e feliz. Uma boa vida – amor,
viagens, profissão desejada. Tudo para se sentir encantada.
Chocam-se de
frente. A jovial pára impaciente, e arrogante: ‘empecilho, anda aqui a espalhar
tristeza. A outra ergue a cabeça, olhar triste, e sorri sem subserviência.
Rosa Maria Pocinho dos Santos Alves, 52 anos,
Coimbra
Domingo de visita
Acordaram cedo, não conheciam o trajeto. Mas a estrada estava tão bonita!
Vazia, no domingo pela manhã. Em alguns lugares, prédios, casas bonitas,
a linha exclusiva do ônibus, estações modernas. Ou muitas árvores, verde.
Chegaram à porta, Maria e Luíza.
– Mamãe, é aqui?
– Acho que sim, é este o endereço.
– Toco a campainha?
– E se dá em apartamento diferente? Que vergonha!
– Se esta rua, se esta rua fosse minha...
A melodia atrai Celeste.
– Chegaram, lindinhas!
– Vovó, achamos!
Celina Silva
Pereira, 65 anos, Brasília, Brasil
Mafalda parecia uma barata tonta, de um lado para o outro. Pegava no
telemóvel… mas logo de seguida, lançava-o para cima da cama. Não estava a
conseguir ultrapassar tamanho constrangimento! Não tinha estudado, o exame era
no dia seguinte, o receio, insegurança, apoderava-se dela.
Decide telefonar a uma amiga:
– És tu, Marta?
– Preciso da tua ajuda, estou com algumas dúvidas.
– Estás bem?! – Uma aluna de excelente com dúvidas?!
– Respira fundo e conta baixinho até 10!
– Resultado perfeito!
Prazeres Sousa, 52 anos,
Lisboa
Relógio
dourado
Fazia festas na barriga e dizia ao bebé:
“estamos no barco”. As palavras chegavam ao bebé pelo cordão umbilical. O bebé
tranquilizava. De regresso a casa comia gelado de chocolate branco. A bebé lambia-se.
Dava de mamar, olhando o relógio dourado, da sua
avó, para controlar tempos da mamada. Dez minutos cada mamilo.
Fixou os ponteiros: rodaram, rodaram, rodaram…
Passou tanto tempo!
“Força filha!”. Sua neta nascia. Palmada no
rabo, choro.
O relógio dourado mudou de pulso.
Marina Delgado, 51 anos,
Pucariça, Abrantes
Dia chuvoso! Um
grupo de amigas quis aproveitar o dia para elas descansarem. Foram ao spa, às
compras e comeram num restaurante super requintado dizendo sempre para pôr na
conta da cunhada. No final do dia, voltaram a casa. As cunhadas estavam todas à
porta. O banco tinha mandado uma carta a avisar que as suas contas estavam a
zeros. Nesse mesmo dia, as amigas tiveram de ir trabalhar nas mesmas lojas onde
tinham passado o dia.
Mariana Cipriano, 11 anos, Torres Vedras
Uma vez a minha
avó foi as compras e encontrou uma amiga do seu antigo trabalho.
– O que faz
aqui? – perguntou a sua amiga.
– Eu? Aqui?
Venho às compras – respondeu a minha avó.
– E você
consegue levar esses sacos todos? – perguntou a sua amiga.
– Consigo! Só
que não encontro a chave de casa – disse a minha avó.
– Quer alguma
ajuda? – perguntou a sua amiga.
– Não é
preciso! Estive a pensar que afinal posso ligar ao meu neto.
Leonor Santos, 11 anos. Torres Vedras
Era hora das Trindades, as duas encontraram-se, junto
da pequena igreja, da aldeia.
– Então, Efigénia, já sabes a novidade?
– Não, diz lá.
– O filho da Adosinda, fugiu com a filha do ti Zé do
moinho.
– Mas, ela não está prometida ao filho do Manel?
Até é rico, anda lá por Lisboa, dizem que vai ser
Doutor.
– Pois é, mas conhece aquele ditado «quem vai ao mar,
perde o lugar?»
– Eu sempre desconfiei, aqueles dois nunca me
enganaram.
Natalina
Marques, 56 anos, Palmela
Nascer do dia
Liana levantava o pé,
puxava a porta, um sol incandescente beijava-lhe o rosto ― desânimo esquecido,
um dia cheio de bênçãos estava à sua frente! Organizava os mais valiosos bens,
físicos e espirituais, saía de casa com alegria! Os queridos alunos mereciam,
mimavam-na, adoravam-na!
No caminho encontrava D.
Josefa, mulher ribatejana, sorriso largo, palavras fáceis ― servia-lhe um café
com sabor ao longínquo "Pierre Loti".
Freneticamente, o dia
começava vestido de sonho, para que as nódoas não o sujassem.
Fernanda Costa, 55
anos, Alcobaça
Em campanha
As comitivas das duas listas concorrentes à
associação de estudantes do colégio feminino cruzam-se num corredor. Um
encontrão incendeia os ânimos. Começam as provocações. Esgotando-se os
argumentos, vêm os insultos, que sobem de tom e baixam de nível.
― Sua esta, sua aquela!
― Isso és e a tua mãezinha!
Até que surge o ultraje mais rasteiro, a
ofensa suprema:
― Sabes o que és, sabes?
― Não, mas tu vais dizer-mo, não é?
― Vou. És uma grandessíssima e refinadíssima…
po-lí-ti-ca!
Carlos Alberto Silva, 59 anos, Leiria
Catarina
e Carolina, irmãs gémeas, tinham uma relação pautada pelo ciúme e acérrima
competição.
Carolina
considerava que a mãe preferia a irmã, aluna brilhante, dedicada fada do lar.
Ela limitava-se à demérita filha rebelde.
Finalmente
vingar-se-ia... colocou cola no capacho.
Quando
Catarina limpou os pés, entrou em casa sem solas nos sapatos.
Carolina
regozijando perante esta visão, decidiu ser cientista, futuramente,
contribuindo para a evolução humana.
Indubitavelmente,
ela concebe planos mais geniais que as teorias de Curie.
Susana Sofia Miranda Santos,
38 anos, Porto
Umbelina acabou de arrumar a cozinha, olhou para o
relógio e bradou:
― Co’ a breca, a esta hora ela já meteu pés a
caminho. E eu ainda aqui, presa aos tachos e às panelas… Sorte mafarrica a
minha!
Fechou a janela – por via dos gatos – e abalou porta
fora.
― Senhora Bina, oh, senhora Bina… Que lhe aconteceu,
Criatura? Aonde vai vossemecê nesses preparos?
Umbelina estacou. Olhou para as pernas… e ficou
verde.
Não é que ia em combinação?
Margarida Freire,
75 anos, Moita
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