Armando
Armando quase corria, cumprimentou
Teresa com desenvoltura, ela estranhou, mas retribuiu. Conhecia-o? Não!
Tanta beleza, logo perigo eminente!
Retrocedeu no tempo, eliminando contornos da última catástrofe.
O encontro seguinte, numa época vincada
pelos sonhos de infância, propiciava o amor. Teresa não conseguiu sublimar
aquele fascínio. O seu corpo e alma já não comportavam tanta luz ― transbordava.
Medo e exaltação ― incontroláveis. Sonhava!
Armando doou-se. Teresa sentiu.
Peripécias surreais decorreram,
magoou-se!
Armando precisava voar, amando, tal como
passarinho migratório.
Dânia Vicente, 44 anos, Penamacor
Desafio RS nº 33 – uma história de
enganos
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