Sorri…
fiquei de alma cheia
Apetece-me nada e temo este vazio. Ligo,
desligo a televisão. Ouço um tenor na rádio, mas
continuo igual. Ligo o pc. Olho o teclado, a tela,
desalentado, qual pianista desinspirado. Ainda assim, começo a teclar.
Afago a mão no tecido macio do pijama, como quem afaga um
gatinho manso. Olho o teto, querendo ver o céu…
Ouço um
miar triste! Saio. Um gatinho esquelético, miava pedindo amor.
Acolhi-o,
dei-lhe comida. Ouço-o ronronar.
Sorri…
fiquei de alma cheia!
Domingos
Correia, 62 anos, Amarante
Desafio nº 205 ― sílaba TE
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