Amar
sem pensar
Na cama, bailava de um lado para o
outro, sem sono. Levantei-me, aliviado, como quem sai de um
pesadelo. Pensava naquela serigaita atrevida, respondona,
como quem adora bailar com palavras. Adelaide, uma
criança à minha beira, mas… ai… que hei de fazer? Amor…
― Que posso oferecer-te? Que diga quem saiba –
perguntei-lhe…
― Tudo… amas-me, teus olhos são crianças que
sabem brincar.
Virei o tapete, abracei este amor.
Vai durar muito? Que importa? Afinal, só se vive o
presente.
Domingos Correia,
62 anos, Amarante
Desafio nº 206
– 7 plvras com
ditongo «ai»
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