Sonha com a praia. O
cheiro da maré-baixa invade-lhe as narinas. É apenas uma catraia que
corre de pé descalço pela areia. Dança com o vento com a leveza de um papagaio de
papel. Não é paixão – nem raiva–, o que a move. É
alegria no seu estado mais puro. É liberdade.
Um raio de luz
força-lhe as pálpebras. Acorda imóvel na caixa quadrada a que
chamam de quarto. Uma réstia de água salgada desliza pela
face.
Isabel Peixeiro, 37 anos, Mafra
Desafio nº 206
– 7 plvras com
ditongo «ai»
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