Percorria aquele salão com as memórias a sobrevoarem a sua cabeça. Os vidros partidos das janelas deixavam entrar o frio vento do inverno. As tábuas do chão rangiam a cada um dos seus passos e até um rato atrevido cruzou-se no seu caminho, mas estava tão embriagado com as imagens que lhe apareciam que nem notou. Pudera, quem viu aquele salão cheio de música, de pessoas, de gargalhadas custava a crer no nada em que se transformara.
Fernanda Malhão, 44 anos, Gondomar
Desafio nº 74 – nada em que se transformara
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