30/06/21

Roseane Ferreira – desafio 246

Às vezes a gente quer fugir. Sumir, para bem distante, onde o longe seja infinito. O ano que passou não terminou, uniu-se ao atual, juntos se amalgamaram, nos aprisionando em nossos lares, angústias, medos, dores, saudades, perguntas sem respostas.

O que o vírus fez em nossa vida? Quando durmo quase sempre é um pesadelo, asas subindo, penugens. Desperto suando, derretendo, vejo que tudo foi o mesmo repetir. Imensa vontade de voar, outra dimensão. Resolveria as dores do mundo?

Roseane Ferreira, 58 Macapá, AP, Brasil

Desafio nº 246 – voar sem C nem H

Rosélia Bezerra – desafio 246

Quisera voar desmedidamente. Afagar pessoas que amo, segurar em minhas asas de plumas, o íntimo dos meus amados, ternamente.

Ah! Se pudesse voar na leveza toda inteira da alma até onde não existissem pessoas insensíveis.

Juntar-me-ia aos anjos do alto, à beira de um dos lagos transparentes, em minha gaita omitida nas nuvens, entoaria o aleluia da vitória.

A paz reinaria em todo Universo.

Nada mais de mal existiria na Terra.

Seríamos povo fraterno, amigo e irmão.

Rosélia Bezerra, 66 anos, ES, Brasil

Desafio nº 246 – voar sem C nem H

Chica – desafio 246

Geraldo, menino lindo, estudioso, querido por todos. Tudo que fazia era fruto de seu próprio suor, tendo gasto tempo para realizar sua meta. Por vezes sentava, meio perdido, mirava longe, querendo voar para de algo fugir. Juventude, pandemia, tudo misturado, mesmo tendo realizado algo que muitos não granjeiam, sentia-se deprimido, mostrando que o maior voo a ser feito, era para dentro dele... Talvez fosse tarefa árdua, mas conseguiria. Teria apoio por perto!

Iria triunfar!

Voltaria novamente a sorrir!

Chica, 70 anos Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil 

Desafio nº 246 – voar sem C nem H

Publicado aqui: ♥ Chica brinca de poesia ?♥: ♥ O voo que importa...♥

Rui Romão – desafio 23

O jantar era leitão, delicioso! A Maria não se calava. Só de rolha na boca. Perguntei ao chef qual era o segredo do molho. Disse-me: "tem de moer bem os alhos no almofariz".

Tínhamos de regressar ao hotel. Amanhã era dia de encontro cedinho. Uma boa oportunidade para usar o despertador que ganhei a atirar bolas de ténis ao alvo. Lá fomos de vespa. Ao chegar, um membro da organização entregou-nos um papel: “têm de preenchê-lo”. Sorrimos!

Rui Romão, Lisboa

Desafio nº 23 – percurso de palavras obrigatório: de leitão a papel

Desafio nº 246

Hoje, deixamos uma ideia – talvez voar não fosse grande ideia.

 

A partir desta ideia, real ou metafórica (a frase não é obrigatória), escrevam a vossa história. 


Temos um pequeníssimo problema – há 2 letras proibidas: C + H. Como fica?

 

Eu experimentei assim:

Espreitou para baixo. A altura não o impedia de pensar em grande. A árvore era frondosa, os seus pensamentos também. Era tudo uma questão de medidas. Sentia-se um pardal repleto de bravura e ânimo. Só um pormenor o deixava quieto: as asas. Apreensivo por natureza, algo dentro de si gritava para não voar sem as saber definitivamente prontas. Observou-as de novo. A dimensão igual às dos outros, a pelagem idem. Só faltava... voar. Talvez no dia seguinte.

Margarida Fonseca Santos, 60 anos, Lisboa

Desafio nº 246 – voar sem C nem H

29/06/21

Theo De Bakkere – desafio 245

O poliglota alado

Soube cacarejar, imitando e gritando como soaram.

Cacarejante, barulhosa, penetrante, mas sempre perfeito. Oiça!

Alado, bicudo, ovíparo e, marcantemente multilíngue, impressionava-nos.

Cacarejou, miou, ladrou enquanto divertíramo-nos ao ouvir.

Podia repetir, entreter e conseguiu mesmo dançar.

Admirável, engraçado, cómico sem que forçar.

Rimos, jubilamos, aplaudimos, embora necessitasse urgentemente recuar.

Queria amar, aninhar, mas receou que ficasse,

Perpétuo, engaiolado, roubado de viver, e, sentiu-se

Insultado, enganado, frustrado. Quando por tristonho calvejou.

Recusava arremedar, falar, somente blasfemara ao falecer.

Theo De Bakkere, 70 anos, Antuérpia – Bélgica

Desafio nº 245 – estrutura em 7 imposta

28/06/21

Carla Silva – desafio 242

A descoberta

Ainda estava estupefacto pelo fato de aquele modesto homem não ter arruinado a pegada que descobrira na sua horta.

Mesmo sem conhecimentos, tivera o cuidado de cercar a zona e, sem adiar um minuto sequer, contactara o museu de arqueologia, deixando o pessoal em alvoroço com tal descoberta. 

Afinal, nunca se ouvira falar de dinossauros na pequena vila de Gafalhoeira de Cima!

Só esperava que quando se soubesse não fossem perturbar a paz do confuso homem.
Carla Silva, 47 anos, Barbacena, Elvas

Desafio nº 242 – 5 palavras obrigatórias, por ordem

Roseane Ferreira – desafio 245

Suspirava, ansiava, sonhava, contudo, conteve, embora, sofresse.

Encantadora, sorridente, bela, quando demasiadamente feliz, flutuava.

Encontraram, cruzaram, olharam, logo perceberam, como fugiriam?

Tentaram, disfarçaram, desviaram, nem adiantou, pois fantasiaram.

Encabulado, ansioso, suado, logo transpareceu e falou:

Divina, graciosa, majestosa, assim perfeitamente deslumbrante és.

Poderia dizer, escrever, todavia, falar, embora fosse benéfico, apaziguante, conciliatório, não verdadeiramente traduziria.

Gostar, querer, desejar, logo, apaixonar, assim, ficar.

Pediria, gostaria, aceitaria, portanto, namorar? Logo compromissar?

Íntegro, amável, honrado, que tão doce verseja: aceito!

Roseane Ferreira, 58 anos, Macapá, AP, Amazônia, Brasil

Desafio nº 245 – estrutura em 7 imposta

24/06/21

Rosélia Bezerra – desafio 245

Rezei, rezei, rezei, porém naufraguei, quando amedrontaram-me. 

Confiei, confiei, confiei, contudo sofri, quando foram-se.

Lutei, lutei, lutei, mas sofri, quando enlutei.

Vivi, vivi, vivi, todavia viverei quando entristecer.

Ajudei, ajudei, ajudei, porque mereceu, quando precisava.

Animei, animei animei, entretanto esperei, enquanto doava-me.

Cuidei, cuidei, cuidei, como entreguei-me, quando deixaram-me.

Acarinhei, acarinhei, acarinhei, mas doei-me, quando solicitavam-me.

Compreendi, compreendi, compreendi, embora necessitasse, quando entendia.

Amei, amei, amei, doravante amarei, quando desanimar.

Rosélia Bezerra, 66 anos, ES, Brasil

Desafio nº 245 – estrutura em 7 imposta

Publicado aqui: https://www.escritosdalma.com.br/2021/06/doravante-amarei.html

Mireille Amaral – desafio 58

S. João unia a família! Parece que me estou a borrifar, mas o coração está em ponto de carameloQuero dispersar recordações, enterrar emoções.

Não vale fugir! O dia pode ser bom! Imobilizas a melancolia, vês jogar a Seleção, ruborizas ao gritar “Golo!” murmuras “Bom S. João!” aos teus Pais, embrenhas-te naquele livro.

Sentes-te nenúfar perdido. Mas ousas dar pontapés ao desalento. Susténs a respiração, adentraste no trabalho, vertes o vinho tinto.

Sou xisto e vou ziguezagueando

Mireille Amaral, 45 anos, Gondomar

Desafio nº 58 – tabela de 2 palavras obrigatórias para o alfabeto, uma à escolha

Carla Silva – desafio 243

Muito Pouco

– Deita muito pouco líquido.

– É muito ou pouco? Não pode ser as duas.

– Aí é que te enganas. As coisas nem sempre são óbvias.

– Neste caso são, avó!

– Olha, vou contar-te uma história.

Cristina sorriu. Sabia que após a história, a filha ficaria tão confusa quanto ela ficara.

Apenas anos mais tarde ela percebera que pequenos gestos, como um abraço, tinham um grande efeito quando se atravessa momentos complicados. E aí, nesse instante, esses gestos valem ouro.

Carla Silva, 47 anos, Barbacena Elvas

Desafio nº 243 – par de palavras opostas

Verena Niederberger – desafio 245

Observei, olhei, parei. Todavia confiei e segui. 

Desconfiada, temerosa, incrédula e, hoje, corajosa fiquei!

Confiante, radiante, sorridente e, sempre, feliz continuei.

Esperei, respirei, pensei. Porém, nunca, triste desanimei.

Determinada, alegre, atenta e, jamais, confusa, duvidei.

Empenhada, empolgada, entusiasmada e, aqui, animada escrevi.

Rápida, apressada, afoita, e, sempre, inabalável contei. 

 Escrevi, recontei, conferi. Conforme li, nem, acreditei

 Investiguei, contemplei, espreitei mas continuei e relaxei

Inspirada, motivada, entusiasmada e, hoje, segura fui!

Feliz, contente, aliviada e sempre confiante venci.

Verena Niederberger, 70 anos, Rio de Janeiro, Brasil

Desafio nº 245 – estrutura em 7 imposta

23/06/21

Craques da Leitura - PNL2027

Participe nos Craques da Leitura!

Hoje, 23 de junho de 2021, o nosso 1.º Round anda de mão dada com os Valores Olímpicos, uma homenagem ao Dia Olímpico, que 
se comemora neste dia.

Descobre os Três Pilares do Dia Olímpico – MEXE-TE, APRENDE E DESCOBRE.

Escreve um texto em 50 palavras que integre estas três palavras: EXCELÊNCIA, AMIZADE e RESPEITO (Valores Olímpicos) - copia a imagem e escreve o teu texto dentro dela e partilha no IG.

Para ganhares uma Medalha Olímpica não podes, em nenhuma palavra, utilizar a letra U.
Usa #pnl2027 #rewordit

Rodrigo T e Leonardo L – clube Desafia-te!

Mistério da divisão

O Daniel estava a fazer uma conta de divisão.

Passado algum tempo, foi ao intervalo, quando voltou, ela já não estava lá.

No dia seguinte, resolveu ir investigar o caso. Entretanto descobriu duas provas: a primeira era a funcionária que desinfetara a sala e, a segunda, o seu colega que fora buscar o telemóvel do qual se esqueceu.

De seguida, foi interrogá-los, descobriu que o colega roubara o sinal para ter a conta certa.

Rodrigo T e Leonardo L,13anos, Lisboa, EBI da Bobadela, prof Teresa Duarte

Clube Desafia-te

Natalina Marques – desafio 245

Ama, sonha, procura e verás que encontras.

Iludida, confusa, triste, mas sempre determinada, vai.

Vives sofrendo, sorrindo. E esperas. Não admira.

Airosa, gentil, feliz, pela sensação do desejar.

Procurou, encontrou, sorriu e achou que era, afável, meigo, atencioso, mas enganou-se, assim ficou.

Triste, trocista, impiedosa, sem nada a perder, gritou, barafustou, aconselhou. Não desistiu e conseguiu.

Sonhou, procurou, amou e viu que gostou.

Jovem, sensível, inteligente, e feliz, assim, seria.

Altruísta, agradável, afetiva, tão melhor, agora vive.

Natalina Marques, 62 anos, Palmela

Desafio nº 245 – estrutura em 7 imposta

22/06/21

Martim T – clube Desafia-te

Acordei com gritos vindos da praça, saí apressadamente para ver oque aconteceu e descobri que o sinal da divisão desapareceu. Fui desesperadamente à procura dele, acabei por encontra-lo mas...a descoberta do raptor surpreendeu-me... foi o sinal da multiplicação! Não acreditei, pois eles eram os melhores amigos desde a infância, não havia motivo para o comportamento dele ou será que havia? O sinal da multiplicação disse que viu o sinal da divisão a atacar o seu irmão

Martim T, 14 anos, E.B.I da Bobadela, Lisboa, prof Teresa Duarte 

Clube Desafia-te

Trio de Olhão – clube Desafia-te

A Rita tem 5 bananas, 3 limões e 4 frascos, mas não sabe que conta fazer para dar o resultado 2. Que contas se podem fazer? Pensar… Pensar… Vou-te ajudar: se somares 5 bananas aos 3 limões vai dar...isso mesmo “8”; se dividires as 8 por 4 frascos vai dar… Quê?! Não sabes?! Que grande confusão! Vou-te dar mais algum tempo para pensares. Ainda não sabes?! Então vamos lá: 8 a dividir por 4 dá… 2.

G. S., 8 anos, J. V., 21 anos, C. V., 58 anos, Olhão

Clube Desafia-te

Trio de Olhão – clube Desafia-te

Estranho olhudo

Estava o estranho olhudo no Jardim Musical quando, de repente, as claves de sol elevaram-se no ar.

– Que é isto? Anda aqui algum fantasma!

Subitamente, começa-se a ouvir uma melodia…

– Eu conheço isto!

A música invadia toda a natureza como se tivesse sido convidada para a orquestra da vida. Felizmente, ele tinha muitos olhos e podia acompanhar, de perto, os sons que repercutiam por todo o lado. Ele descobria que tinha uma autêntica fábrica musical…

+

O Fantasma cabeludo

Era uma vez um fantasma cabeludo que tinha 10 olhos, meias nas orelhas e brincos nos pés. Os pés pareciam estar a saltar à corda. Tinha também uma nuvem desenhada no fato e cabelo de vassoura. Tinha tantos cabelos que nem dava para contar! Dormia de dia e brincava à noite com o estranho olhudo. Eles eram muito amigos e andavam na mesma escola a aprender a mesma coisa. Juntos pregavam partidas à professora.

G. S., 8 anos, J. V., 21 anos, C. V., 58 anos, Olhão

Clube Desafia-te

Trio de Olhão – clube Desafia-te

Encontrei uma ervilha que conseguia escutar o que eu dizia. Para a testar, fiz-lhe a pergunta “És capaz de andar?” e ela respondeu. Fiquei tão admirado!!! À medida que lhe fazia mais perguntas, ela ia dando-me as respostas, pois conseguia ver o futuro… Mas as surpresas não ficam por aqui: fui buscar outra ervilha e elas começaram a falar, pois eram mágicas. De repente, ouvi uma voz vinda da cozinha e descobri que era tudo um sonho.

G. S., 8 anos, J. V., 21 anos, C. V., 58 anos, Olhão

Clube Desafia-te

21/06/21

Maria T – desafio 244

Num dia de verão, sentada no meu telhado, pensava nesta vida normal quando, de repente… vi um gato preto com uma mancha branca em forma de lua, na testa. Rapidamente, começou a esgravatar nas telhas. Curiosa fui lá ver, parecia um colar com um diamante azul esverdeado. Achei muito estranho, mas peguei no colar. O gato fugiu e eu segui-o. Não acreditam no que aconteceu, o gato transformou-se num príncipe! Magia? De normal nada teve este dia.

Maria T, 12 anos, 6º ano, Coimbra

Desafio nº 244 – imagem de telhados

Sofia Sobral Ramos – desafio 244

Estou na varanda com o sol, esse meu amigo. Preferia estar sempre aqui, mas ordenam-me a entrar e lá me vou enroscar. Até gostava de ser pássaro e saltitar por esses telhados e terraços e voar, voar. Mas vá, não me posso queixar, voo do quarto para a sala e para a varanda também. Aqui não chateio ninguém e só os ditos pássaros me dão vontade de pular. Mas isso não! Sou gato, não sou pássaro não.

Sofia Sobral Ramos, 43 anos, Coimbra

Desafio nº 244 – imagem de telhados

Dulce Ribeiro – desafio 227

Júlia deixou cair lágrimas incessantes, mas sentiu uma enorme gratidão. Procurou a razão de tão grande deslumbramento.  

Visitou o espaço e o tempo que precederam o presente. Havia uma luz personificada – Júlia reconheceu-se naquele labirinto. Visualizou a tribulação da sua vida – esbofeteada, quando apenas quis brincar; olhada com desdém, quando apenas sorriu; desprezada, após ter brilhado; rotulada, quando pediu ajuda. Tinham inventado uma bruxa, feia e repugnante.  

Continuou agradecida, ficando ansiosa pela receção de tão divina graça.  

Dulce Ribeiro, 39 anos, Lisboa 

Desafio nº 227 – 2 perfis, 2 personagens 

20/06/21

Desafio nº 245

Antes de escrever, vão mesmo ter de fazer contas. Como? 


Da seguinte forma:


Verbo + verbo + verbo + conjunção + verbo + conjunção + verbo (7)


Ou então:


Adjetivo + adjetivo + adjetivo + conjunção + advérbio + adjetivo + verbo (7)

 

Podem usar a estrutura que for mais conveniente, da forma que acharem mais apropriada. Podem combinar as duas, ou podem usar sempre a mesma. Sempre quero ver o que sai dessas cabecinhas.

 

Da minha, saiu isto:

Duvidei, investiguei, observei. Entretanto, atrevi-me e arrisquei.

Desajeitado, atrapalhado, confuso mas incrivelmente determinado fui!

Inspirei, segurei, saltei e gritei, mas voei leve, ligeiro, ágil e estranhamente desembaraçado desfrutei. Alado, inspirado, guiado porém muito deslocado tremi.

Girei, rodopiei, enjoei e suei, contudo adorei.

Aterrei, abracei, fotografei e pensei “nem paguei”!

Corei, peguei, tirei e amortizei, assim descansei.

Aliviado, sorridente, alegre e extremamente confiante acenei.

Esperei, contei, cocei e indaguei, mas percebi, surpreendido, arrependido, aborrecido que, infelizmente, desamparado seguia.

Paula Cristina Pessanha Isidoro, 40 anos, Salamanca

Desafio nº 245 – estrutura em 7 imposta

18/06/21

Carla Silva – desafio 209

O Teste

Sabia uma coisa com toda a certeza, não sabia nada da matéria daquela página. Nem sabia coisa alguma da página seguinte, só sabia que a negativa estava certa.

Também sabia que os pais não iriam gostar quando vissem a nota. 

Nunca sabia como dizer-lhes.

Para isso contava com Ariana. Fosse como fosse, arranjava sempre forma da irmã lhes dizer.

Mas desta vez a irmã não estava. E isso era um problema maior que o exame de matemática.

Carla Silva, 47 anos, Barbacena Elvas

Desafio nº 209 – ritmo do texto SEI

17/06/21

Abel V - Clube Desafia-te

Querido eu,

Em janeiro, tivemos um confinamento que só acabou dia 4 de abril. Enquanto estávamos isolados, fiquei a ouvir umas músicas engraçadíssimas. Sabes de quais mais gostei? Mas não julgues pelo nome combinado? Chama-se Alien Fumeta. Andei a jogar um pouco de futebol e também a fazer caminhadas. Entretanto, só tinha acesso à PS4 ao fim de semana. Vinha-te avisar que a melhor parte foi o computador. Até daqui a um ano, eu.

Adeus, amigo

Abel V, AE da Bobadela, prof Teresa Duarte

Clube Desafia-te

16/06/21

Patrícia M e Rafaela T – desafio 139

Talvez hoje fosse o dia de Fernando Pessoa confrontar Ricardo Reis para uma conversa:

– Tu, meu caro, como vais da vida?

– Talvez melhor do que eu pensaria estar neste momento.

– Tu não te esqueças que te conheço até ao último pormenor, pois sou protagonista da tua criação, fazes parte do meu ser, por isso nunca te vou deixar vaguear sozinho neste mundo.

– Talvez um dia, Pessoa, te possa agradecer por me dares esta oportunidade de viver!

Patrícia M e Rafaela T, 12º ano, Vila Real, AE Morgado de Mateus, prof Teresa M Capela

Desafio nº 139 ― todas as frases com 7 palavras ― Talvez… + Tu…

Diálogo entre duas personagens da obra O ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago 

Joana B e Mafalda T – desafio 139

– Talvez me possas explicar, Fernando, o que acontece nos oito meses depois da morte.

– Tu, Ricardo, não tens nenhuma ideia das mudanças que se vão dar?

– Talvez os primeiros sentidos que desaparecem sejam a visão e o tato.

– Tu estás correto. Talvez a experiência seja diferente para todos.

– Tu tens algum conselho para eu poder aproveitar o tempo antes de perder as minhas capacidades visuais?

– Talvez pudesses deixar de te preocupar demais, vivendo a vida com calma.

Joana B e Mafalda T, 12º ano, Vila Real, AE Morgado de Mateus, prof Teresa M Capela

Desafio nº 139 ― todas as frases com 7 palavras ― Talvez… + Tu…

Diálogo entre duas personagens da obra O ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago 

Ana Margarida G e João Eduardo G – desafio 139

– Tu és tão bonita, tão serena… Não admira que Ricardo gostasse tanto de ti!

– Talvez só gostasse da minha companhia…

– Tu, a famosa Lídia das odes, a inspiração, a mulher perfeita aos olhos de Ricardo… porque se limitaram ao toque de mãos?

-Talvez porque a vida termina, mas o sofrimento é eterno.

– Tu és tão sortuda… Quem me dera que ele também escrevesse sobre mim.

– Talvez escreva, talvez já o tenha feito, talvez não o tenha partilhado.  

Ana Margarida G e João Eduardo G, 12º ano, Vila Real, AE Morgado de Mateus, prof Teresa M Capela

Desafio nº 139 ― todas as frases com 7 palavras ― Talvez… + Tu…

Diálogo entre duas personagens da obra O ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago 

Inês F e Carla N – desafio 139

– Tu, minha criatura, os teus nove meses estão a terminar. Talvez a tua passagem pelo mundo dos vivos tenha sido curta...

– Tu, que me criaste, conheces-me e sabes que eu vou aceitar este tempo, até porque não tenho nada que me prenda aqui.

– Talvez tenhas… Então, e Lídia, deixou de importar?

– Tu sabes bem que não, mas esta vida é uma efêmera viagem e o meu destino é partir. 

– Talvez esteja na tua hora...

– Tu vens comigo.

Inês F e Carla N, 12º ano, Vila Real, AE Morgado de Mateus, prof Teresa M Capela

Desafio nº 139 ― todas as frases com 7 palavras ― Talvez… + Tu…

Diálogo entre duas personagens da obra O ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago 

Daniela D e Elza B – desafio 139

Talvez, num dia ou noutro, as Lídias conversem:

– Tu não percebes!

– Talvez, mas o Doutor é carinhoso, ele não me ama como à Marcenda…

– Tu sabes! Talvez não aceites. Tu não imaginas: no outro dia, à beira-rio, ele nem me deu a mão e até me disse que o poderia fazer, mas preferia assim.

– Talvez tenhas razão, só que eu amo-o tanto…

– Tu tens valor!

Talvez seja este o momento em que elas deixaram de se contentar.

Daniela D e Elza B, 12º ano, Vila Real, AE Morgado de Mateus, prof Teresa M Capela

Desafio nº 139 ― todas as frases com 7 palavras ― Talvez… + Tu…

Diálogo entre duas personagens da obra O ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago 

Cristiana B e Sofia F – desafio 139

– Talvez um dia venhas a gostar de Lídia a sério…

– Tu que dizes?

– Talvez venhas a sentir algo verdadeiro por ela. Tu não achas?

– Talvez um dia, quem sabe. Tu já sentiste algo por alguém?

– Talvez tenha sentido ou talvez não. Tu bem sabes que o meu único e verdadeiro amor sempre foi a poesia.

– Talvez o meu também seja, não sei. Tu sabes que eu não sou de me apegar muito a nada nem a ninguém.

Cristiana B e Sofia F, 12º ano, Vila Real, AE Morgado de Mateus, prof Teresa M Capela

Desafio nº 139 ― todas as frases com 7 palavras ― Talvez… + Tu…

Diálogo entre duas personagens da obra O ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago 

Diana S e Mariana N – desafio 139

– Tu estás bem, Lídia?

– Talvez sim, talvez não... Quiçá…

– Tu queres ir dar um passeio? Talvez à beira do rio. Tu gostas de nadar?

– Talvez, nunca experimentei. Tu sabes que eu tenho regras a cumprir.

– Talvez devesses quebrar algumas e permitires-te ser feliz.

– Tu dizes isso, porque és homem. É fácil: não tens tantas convenções a seguir.

– Talvez estejas errada. Tu não sabes nada sobre mim.

– Talvez saiba mais do que aquilo que pensas.

– Tu lá sabes!

Diana S e Mariana N, 12º ano, Vila Real, AE Morgado de Mateus, prof Teresa M Capela

Desafio nº 139 ― todas as frases com 7 palavras ― Talvez… + Tu…

Diálogo entre duas personagens da obra O ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago 

Beatriz T e Inês A – desafio 139

– Tu estás mesmo vivo? Talvez seja eu que estou a imaginar coisas. Tu estás mesmo aqui, és mesmo real? 

– Talvez sim, talvez não…

– Tu estás a deixar-me confuso: não tinhas morrido?

– Talvez sejas tu que não estás vivo. Tu nunca chegaste a ser real. Talvez não saibas disso.

– Tu estás parvo?

– Talvez não estejas a ver bem a situação. Tu não passas de um ser imaginário inventado por mim. És um dos meus “eus” literários, um heterónimo. 

Beatriz T e Inês A, 12º ano, Vila Real, AE Morgado de Mateus, prof Teresa M Capela

Desafio nº 139 ― todas as frases com 7 palavras ― Talvez… + Tu…

Diálogo entre duas personagens da obra O ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago

Afonso e Guilherme – Clube Desafia-te

O Bicho acordou e abriu os seus 4 olhos. Foi comer 1 torrada. Ele calçou 2 sapatos e meteu 1 chapéu. Abriu a porta e desceu 5 degraus, deu 50 passos até chegar à escola. Subiu 2 escadas e entrou na sua sala, onde ele viu os seus 28 alunos. Entretanto deu 2 aulas onde ensinou 5 matérias, mas as mais importantes eram sem dúvida as de matemática, porque com números tudo é possível no mundo.

Afonso I e Guilherme B, AE da Bobadela, prof Teresa Duarte

Clube Desafia-te

14/06/21

Lica – desafio 244

Quando vi a fotografia, pensei em arquitetura e em arquitetos, e também em Câmaras Municipais e bom-senso.

Bem sei que a estética é subjetiva, mas o bom-senso, resume-se a senso – ou se tem ou não se tem.

Para a minha subjetividade, acho muito mais bonito ver casinhas antigas, telhados com telhas, água ao longe, árvores, do que olhar e ver paredes lisas de betão sem expressão.

A fotografia tem bocadinhos que deixam ver o que eu gostava.

Lica, 81 anos, Lisboa

Desafio nº 244 – imagem de telhados

Natalina Marques – desafio 244

– Porque não sobes?

– Tenho medo, é muito alto.

– Não sejas medricas, não queres sentir a sensação de liberdade? Parece que voamos.

É magnífica a aldeia vista daqui de cima do telhado da igreja, o deslumbrante chilrear dos passarinhos. Ficamos perto das nuvens, do sol.

– E se o pai te vê aí, ficas mais perto de um castigo também.

Sentado à lareira, sorri quando se lembra, e pensando em voz alta diz:

– Eu nunca fui corajoso como ele.

Natalina Marques, 62 anos, Palmela

Desafio nº 244 – imagem de telhados

Trio de Olhão – clube Desafia-te

Fui a um casamento muito peculiar: as contas casaram. E esta?!

Tudo começou com a multiplicação que se fartou da incerteza de estar ou não certa. Lembrou-se da vizinha Prova Real e pediu-lhe ajuda. Mas as contas de dividir ainda eram mais difíceis! Que fazer? Alguém sugeriu chamar a Prova dos Nove. Ela chegou, começou a explicar que com ela era só adicionar e uma vez multiplicar.

G. S., 8 anos, J. V., 21 anos, C. V., 58 anos, Olhão

Clube Desafia-te

Trio de Olhão – clube Desafia-te

Encontrei no micro-ondas uma coisa de pasmar: um microfone pequeno e um Microraptor gigante! Fui buscar um microscópio para analisar a situação. Vi um ET a ver um microfilme. Fiquei tão espantado! Vou-te contar. Estou mesmo em pulgas! Eu queria divertir-me ainda mais, mas estava muito, muito cansado. Fui para a cama e adormeci. Sonhei com um rapaz gordo como a lua e também com uma rapariga com os brincos nos pés e as meias nas orelhas!!!

G. S., 8 anos, J. V., 21 anos, C. V., 58 anos, Olhão

Clube Desafia-te

Trio de Olhão – clube Desafia-te

Estava eu no jardim a olhar para o campo de futebol, quando pensei “Como seria bom ter Uma Aventura no Estádio!” Assim que formulei o desejo, surgiu-me um génio.

– Que desejas, mestre?

Quase caí para o lado!

– O meu nome é Ben10 e queria rolar naestrada sempre a abrir em direção ao Estádio da Luz.

Se bem o pensei, logo me vi a fazê-lo. Fantástico! Vivi imensas aventuras para escrever no meu diário: Diário do Benfica.

G. S., 8 anos, J. V., 21 anos, C. V., 58 anos, Olhão

Clube Desafia-te

Ana Paula Oliveira – desafio 244

Da janela, Maria vê telhados. O que esconderão?

Uns observam a noiva numa felicidade ansiosa. Outros ouvem o choro do recém-nascido. Alguns testemunham o embalo da leitura entre mãe e filha, antes do beijo de boa noite. Outros enternecem-se com o casal de velhinhos que, de mãos dadas, trocam memórias.

Também ela vive sob um telhado. O seu encobre segredos. E se ele os conta? Envergonhada, envolve-se num xaile negro para esconder as nódoas ainda mais negras.

Ana Paula Oliveira, 60 anos, S. João da Madeira

Desafio nº 244 – imagem de telhados

Isabel Lopo – desafio 244

A alegria de ter ganho a bolsa, a partida para a cidade, fazia-a transbordar de emoção.

O quarto ficava numas águas-furtadas. Subiu as escadas sentindo a ausência do cheiro da terra e do ar da serra. Naquele espaço pequeno, abriu a janela num discreto gesto de liberdade. A sombra do casario esvaziava a luz da tarde. Apenas o quadradinho de céu a reconfortava. E quando o brilho das estrelas surgiu, ela sentiu o cheiro das lágrimas contidas...

Isabel Lopo, Lisboa

Desafio nº 244 – imagem de telhados

Afonso P – clube Desafia-te

A liberdade é como os pensamentos

ela faz-te sonhar

portas vai abrir

e a tua cabeça vai voar

 

O tempo é importante 

faz o mundo girar

 

Juventude é um bem

uma virtude

O amor é instável 

mas traz-te saúde

 

A preguiça é um pecado

mau de se ter

A depressão é um estado

que te vai fazer morrer

 

A inveja é um mau hábito

não pode se negar

A morte é inevitável

e uma vida pode acabar

Afonso P, AE Bobadela, prof Teresa Duarte 

Clube Desafia-te

Marli Soares Borges – desafio 244

Um telhado emoldurando uma nesga de céu. Mas não é apenas um simples telhado e um céu azul. As lentes do fotógrafo capturaram o instante mágico: o dia que amanhece! Uma casa amarela é a única que se pode ver desse ângulo e ainda está dormindo. Dentro em pouco as janelas se abrirão para o recomeço. Adoro amanheceres, amo ver as coisas se espreguiçando e a vida acontecendo. Logo mais esse lindo telhado irá vestir-se de luz.

Marli Soares Borges, 72 anos, Viamão - Rio Grande do Sul - Brasil

Desafio nº 244 – imagem de telhados

Toninho – desafio 244

Era uma casa de telhado renovado. Ao lado deste um sótão, mas aberto ao pôr do Sol.

Ali o poeta escrevia um livro sobre o vilarejo. Era um encontro marcado. Havia encanto, magia, olhar ao longe a torre da igreja, onde o sino badalava a hora da Ave Maria.

Entrava em pausa e meditação, até voltar ao da poesia. Mas uma estupida guerra, explodiu no vilarejo. A foto na parede é a lembrança do poeta.

Como dói.

Toninho, 65 anos, Salvador-Bahia, Brasil

Desafio nº 244 – imagem de telhados

Publicado aqui: mineirinho-passaredo.blogspot

Verena Niederberger – desafio 244

Encontrei o gatinho Sprite numa praça próximo de casa.

Na verdade o adotei e ele, também, me adotou.

Precisávamos um do outro e nos fazíamos companhia.

O bichano não era de raça mas parecia um gato siamês.

O seu pêlo era cinza, macio, e belo.

Muito caseiro, mas escapulir pelo telhado para encontrar "namogatas" era diversão preferida.

Certa manhã notei que o potinho de ração estava intacto.

Sprite nunca mais voltou.

Casou e mudou. Não me convidou.

Verena Niederberger, 70 anos, Rio de Janeiro, Brasil

Desafio nº 244 – imagem de telhados

11/06/21

João B – desafio 23

Hoje fui ao autódromo como piloto profissional. Quando cheguei lá chamavam-me leitão por ser novo por ali.

Como a pista era ao lado da estrada entrava lá lixo, desde rolhas até um almofariz, Que nojo! Mas, enfim...

Terminei a primeira volta muito antes do despertador tocar e depois fomos comer. Estávamos à espera com uma bola de ténis que saltou acertando num enxame de vespas que nos picaram. Então como não havia gazes, fizemos curativos com papel.

João M, 6ºB, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix

Desafio nº 23 – percurso de palavras obrigatório: de leitão a papel

Helena F – desafio 23

Eles dizem que no restaurante à frente da minha casa há bons pratos de LEITÃO e as ROLHAS das garrafas são vermelhas.

Os cozinheiros usam o ALMOFARIZ e têm um DESPERTADOR roxo para saberem quando são horas de almoçar e jogar com a BOLA DE TÉNIS. Certo dia, uma VESPA entrou na cozinha e foi o caos total! O empregado de mesa assustou-se com os gritos e com o susto riscou o PAPEL dos pedidos dos clientes!

Helena F, 6ºB, Escola Dr. Costa Matos, Gaia, prof Cristina Félix

Desafio nº 23 – percurso de palavras obrigatório: de leitão a papel