Era noite, fazíamos um jantar solene, quando ouvimos a batida. Uma menina, perdida, procurava a avó. Àquela hora, deixámo-la entrar e servimos jantar. Momentos depois, outra batida. Uma donzela, tonta e confusa caía nos meus braços, uma maçã aos meus pés. Deixámo-la acordar e servimos jantar. Logo depois, ouvimos uns guinchos. Um porquinho, desorientado, escapava-se-me pelo meio das pernas. Todos fugiam dos seus males. E os dias simples na nossa casa, que sempre desafiara a floresta, acabaram.
Sérgio C.T. Barbosa, 49 anos, Montijo
Desafio nº 269 – excerto de MFS
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