Na aldeia, atapetaram de flores aquele caminho que ia dar à igreja, só para
tu passares.
Levitei por entre um nevoeiro de Outubro que descia às ruas e se derretia
nos becos. Ar não havia
regressado a mim desde a hora em que soube e nem o
oxigénio da horda que gemia me fez voltar a respirar.
Guiada por entre os olhares alheios segui na tua direção, meu Amor defunto,
e disse-te adeus numa solidão sem consolo.
Mariana
Garcez, 38 anos, Lisboa
Desafio nº 109 – solidão no meio de gente
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