Parecia-lhe a estrada não ter fim. Ou seria a sua
vida sem sentido que a não deixava parar? Perdera tudo, o trabalho, o amor, a
casa... Espantava o tempo percorrendo trilhos, caminhos desconhecidos, sentindo
só o seu inexistir... Exausta, adormece numa berma qualquer. A noite fria
cai sobre ela. Mas as flores silvestres, apiedadas, cobrem-na como uma
manta de retalhos. Quando acorda, reconhece a Primavera. O sol brilha e
invade-lhe o coração de esperança. Recomeça a andar.
Isabel Lopo, Lisboa
Desafio nº 147 ― frase: o passeio…
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