Desejava ter de volta o gosto pelas simplicidades
da vida, apreciar o aroma das flores silvestres, sorrir, sentir paz, mas a luta
por esta precária sobrevivência, consumia-lhe a energia que restava.
As amigas empoleiradas em confortáveis existências,
diziam-lhe: a vida continua!
Sabem lá o que é ficar desempregada, sozinha com
uma filha?
Como poderiam saber?
Sobrava-lhe uma réstia de esperança, uma ténue
vontade de lutar…
Por Lucinha! Só por ela, continuaria a caminhada
sobre arame… assim, sem rede!
Paula Castanheira, 54 anos,
Massamá
Desafio nº 147 ― frase: o passeio…
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