Um dia chegaram em bando. Desconfiados.
Desintegrados. Rejeitados pelas escolas frequentadas, marginalizados pelo
mundo. Donos apenas de si próprios. A tarefa adivinhava-se árdua, talvez
impossível.
Como agir? Ignorar? Julgar? Moralizar?
Não passaria por aqui a opção. Mais
afeto, menos razão, isso sim!
Hoje, um olhar transparente.
Amanhã, uma mão amiga.
Depois, uma palavra assertiva.
Finalmente, dois ouvidos atentos.
Deixá-los falar, desnudar as suas vidas.
Um dia entraram na minha sala de aula e
instalaram-se no meu coração.
Ana Paula Oliveira, 58 anos, S. João da Madeira
Ana Paula Oliveira, 58 anos, S. João da Madeira
Desafio nº 159 – lutar por fazer
a diferença
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