Descia à praia ao fim da manhã e ao entardecer. Na mão, uma
cesta onde ia colocando papéis e embalagens vazias. Filhos e netos
protestavam, os vizinhos riam-se, ela persistia ― a estrada, recentemente
construída, abrira caminho a veraneantes que inundavam de carros e lixo o
paraíso onde nascera.
Ao ver os
contentores da minha rua a transbordar, os excessos mal-cheirosos das Festas
esparramados passeio fora, assalta-me aquela figura frágil, determinada.
Aplaudo o seu gesto, admiro-a, D. Mariazinha.
Helena Rosinha, 66 anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 159 – lutar por fazer a diferença
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