Seguem paralelas, as linhas. Seguem o seu caminho, serenas, ou contorcendo-se de forma, mais ou menos, brusca desviando-se do que lhes impede o caminho. Umas, apenas, sofrem desvios ligeiros, não se perdendo da sua rota. Outras endurecem, quase se perdendo. E perdiam-se, se não fossem as suas paralelas, ali, a guiar-lhes o caminho, a servir-lhe de amparo no contorno do intruso, na superação dos limites. E seguem, de novo. Aliviadas. Não estão sozinhas. Seguem paralelas, as linhas.
Ana Castela, 41 anos, Mealhada
Desafio nº 213 – imagem de madeira
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