Ignoram-me. Sentam-se à
parte, falam baixinho entre si, riem, saúdam quem passa, dizem banalidades... Gostava que conversassem
comigo, que partilhassem as suas experiências, falassem de livros, dos
filmes que vêem, dos passeios que fazem. Por companhia, tenho o rádio de
pilhas, somos inseparáveis; de dia, ou de noite, quando a solidão
mais magoa, vale-me a sua presença. E também tenho as flores da varanda,
que acaricio, que me escutam com atenção. Preciso de pouco para
ser feliz.
Helena
Rosinha, 65 anos, Vila Franca de Xira
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