20/08/18

Escritiva nº 35

Agosto, mês do verão por excelência e, para mim, das conversas nas escadas com as vizinhas. Sou de aldeia e é assim que se combate o calor: uma conversa à sombra. Talvez por isso é que eu gosto tanto deste quadro de José Malhoa.
E se criássemos diálogos ou monólogos em 77 palavras a partir desta “varanda florida”?

Vamos lá? Aqui vos deixo o meu exemplo:

Sabia que tinha nas mãos uma grande responsabilidade, mas tinha tantos sonhos na cabeça que parecia que a agulha os ia cosendo a eles, uns aos outros. Estava agradecida à tia por tê-la recebido sem fazer perguntas e no fundo, as primas, não eram más pessoas, gostavam da vida alheia, era só isso. Será que tinham visto o beijo da véspera? Será que suspeitavam da traição?
― Ai! Piquei-me!
― Ó rapariga, isso é castigo... por não estares concentrada.
Paula Cristina Pessanha Isidoro, 37 anos, Salamanca
Escritiva nº 35 – varanda florida

1 comentário:

  1. Muito legal,Paula a tua história. Bem contada!
    Mandei agora a minha! bjs, chica e linda semana! chica

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