Era
uma vez uma gotinha de água transparente que rodopiava com muitas amigas até
ficarem azuis de alegria. O menino ria das cócegas que lhes faziam nos pés nus.
Mas
o barulho das máquinas inundou o lago. O menino gritou: – O lago estava a ficar
verde! Ninguém ouviu.
As
gotinhas ficaram esverdeadas e pesadas, já não brincavam, e o pai proibiu-o de
nadar no lago.
Uma
gota escorregou pela face do menino: tinha perdido milhões de amigas.
Maria José
Castro,
53 anos, Azeitão
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