30/11/23

desafio nº 292




Eu fiz assim:
Não me venham falar do FUSO e da roca. Nem me falem de VASSOURAS, moedas e carochinhas à JANELA, muito menos de caldeirões. Se tivessem CUMPRIDO o prometido, nada daquilo teria acontecido. A INGENUIDADE escondida ao ouvir estas histórias cai por TERRA quando um POEMA, um poema COMPRIDO, atravessa a leitura em que EMBARCÁMOS, rumo à salvação. Encontraremos então a PEDRA em que devemos tropeçar, pois assim encontraremos o LUME dos livros, onde nos perderemos para sempre.
Margarida Fonseca Santos
#rewordit @rewordit_
#desafiosdeescrita

10/11/23

Desafio n.º 290






Era-lhe difícil conciliar os sonos inesperados com o trabalho entediante. Viera para aquele emprego porque o pai dissera, a quem fizera favores: «O nosso filho será excelente para o jornal.» Revia anúncios por um ordenado miserável, textos que iam do mais sonso esquema ao mais ousado pedido de senhora casadoira com dotes de culinária e submissão. Veria, alguma vez, um anúncio de emprego que valesse a pena? Endireitou-se, perdendo a letargia: revisor no metro? Anotou o telefone. 

Margarida Fonseca Santos

290 – sonso e veria anagramas

30/10/23

Desafio 289



Consta que, em janeiro, um ser constipado assaltou o Castelo de Leiria, fazendo com que se chamasse a GNR sem demora. Preso o ser, que naquele momento tomara o aspeto de um unicórnio, o Tenente Pedralvas constituiu-o arguido. À espera que fique demonstrado como aquele ser, agora fantasmagórico, é apenas ingénuo e extraterrestre, tendo-se, no instante do crime, transformado num monstro diabólico, coisa que não é, reconstroem-se muralhas e ameias, causando um violento transtorno no turismo local.

Margarida Fonseca Santos  

289 – palavras com NST

 

20/10/23

Desafio n.º 288




Olhou a linha vazia. De nada serviria desejar um comboio com tanto afinco. Na véspera, não usara essas ferramentas. Pedira para a deixarem sair dali, martelando culpas que, agora, lhe pareciam desculpas frágeis e injustas. Os pais, numa vida à beira da fronteira sem a cruzar, haviam dado o seu melhor. Só a determinação, vestida de raiva, esboçara algo que a mãe na perfeição. Espreitou o farnel: a mãe esmerara-se. Iria esmerar-se também, dar o seu melhor.

288 – estação de Freineda

Margarida Fonseca Santos 

10/10/23

Desafio nº 287


Eu experimentei assim:

Já começou. Tu não paras de filosofar e sinto-os capazes de tudo, de te meter atrás das grades, porque, se querias mesmo dominar, na palma da mão, as teorias contemporâneas, precisavas de saber estudar, compreender intensamente a importância das perguntas. Olhas o xisto, crivado de gatafunhos e invenções. Suspiras. Apertas o nó da gravata e abandonas a sala, com isso implicando o fim do debate. Sim, foi organizado pelo Etelvino, o trouxa-mor, mas não costumas virar costas.

Margarida Fonseca Santos, 62 anos, Lisboa

287 – 8 palavras num esquema

30/09/23

Desafio nº 286



Eu fiz uma experiência, assim:

Não vejo filmes de terror, assustadora é a vida. Mas eles insistiram e aturei uma história de entreter desmiolados e dar ataques cardíacos a fóbicos, passada debaixo de terra, com assombrações por todo o lado. Cheguei a tapar os olhos quando o suposto chefe daquele submundo degola o submisso subchefe. Afinal, o filme do monstro submerso era melhor do que isto! Gozei, a ver se desmobilizavam, mas nada. Arranjei outra solução: desliguei o quadro da eletricidade. Acabou-se.

Margarida Fonseca Santos

286 – letras de submerso

20/09/23

Desafio nº 285



Escrevi isto:

Sonho com a casa clara. Sonho acordada, os pensamentos lutam com os medos, os desejos misturam memórias. Os degraus. Sonho com os degraus, na esperança de calar os pensamentos, os medos, até as memórias desejadas. Não os subo. Não quero enfrentar o que existe na casita clara. Bastam-me os degraus, na inconstância de tamanho, na possibilidade de existir um lar. Perco a noção do tempo desta agonia. Queria apagar as decisões tomadas neste tempo de guerra. Acordo.

Margarida Fonseca Santos, Lisboa

285 – quadro de A. Souza Cardoso

10/09/23

Desafio n.º 284


Já experimentei:

A bisneta entrou de rompante, desprovida de fineza. Cumprimentou a avó com enjoo e cheirou as panelas. Cozinhava-se o seu almoço preferido: almôndegas com massa, e arroz-doce com desenhos a canela. Nem sequer agradeceu. Sentou-se à mesa de frente para a janela, a controlar as vistas do anexo onde o Edgar trabalhava. O dedo anelar esperava ansiosamente pelo pedido. Viu-o levar a caneca aos lábios e suspirou. A avó revirou os olhos: era só o que faltava! 

Margarida Fonseca Santos, Lisboa

284 – palavras com NE

30/08/23

Desafio n.º 283


Eu já fiz e ficou assim:

Não seria mais uma, seria a primeira do pelotão de abelhas a trabalhar. Tentou rever o caminho transmitido pela coordenadora, sentia-se muito confiante. Não se lembrava de tudo, talvez por causa do nervosismo dos zunzuns. Partiram. A abelha esforçou-se muito!... mas foi a primeira a voltar para trás para pedir de novo orientações. Sentiu-se humilhada, triste, insignificante como uma pulga. Nem deu pela coordenadora, que pedia desculpas e acertava as pistas. Se não fosse aquela abelhita esperta...

Margarida Fonseca Santos, 62 anos, Lisboa

283 – “Não seria mais uma, ...”

20/08/23

Desafio n.º 282



Eu experimentei assim:

Era pequeno.

Era bastante pequeno.

Ficaram imóveis, olhando-se surpreendidos.

Ele, homem velho, observava-o sorrindo.

Ele, gato preto, demasiado novo, curioso.

O velho decidiu dar-lhe algo para beber.

Depois de alguma hesitação, começou então o movimento. 

O gato lançou-se à taça com uma sede urgente.

Em seguida, fez desaparecer os restos do almoço do velho. 

Pegando-lhe, o velho escolheu-o como amigo, o gato aninhou-se e adormeceu.

Não era uma solução planeada, apenas um acontecimento inesperado, mas talvez funcionasse.

Margarida Fonseca Santos

#77palavras #rewordit_ #desafiosdeescrita @rewordit_

nº 282 – texto de 2 a 12 – solução

15/08/23

Que bonito gesto!

Uma extraordinária homenagem dos pais à professora do 4.ºB, da Escola da Ermida em S. Mamede de Infesta, Liliana Mendes - @lilianamendes.
E um agradecimento nosso a esta professora que tanto tem feito pela escrita e leitura dos seus alunos.




10/08/23

Desafio n.º 281



Eu imaginei assim:

A mulher inclinava-se sobre a mesa. Procurava as palavras para encher aquelas linhas. Do traçado azul não se formavam letras; um caminho, quando muito, como o arrastar de uma folha por uma brisa lânguida de verão. O tanto por dizer enrolava-se na boca num travo-limão ao qual se juntaria o sal em breve. Multiplicou o nada que o papel dizia em mil pedaços e deixou-o cair feito areia por entre os dedos. Saiu sem fechar a porta.

Isabel Peixeiro, Mafra

281 – palavras obrigatórias sem praia

30/07/23

Desafio nº 280





Eu escrevi assim:

Sempre fora dada a pressentimentos, pós-sentimentos, pró-sentimentos, e mais entos, que não posso explicar. Afinal, só nos dão 77 palavras, é pouco para descrever tudo o que Brazília fazia. Retomemos: sempre fora dada a pressentimentos, pós-sent... ah, já disse. Por isso, Brazília, ao ler aquela frase de olhos em bico, quis partilhar o que sentia, pois tinha a certeza de que os maus eram mais atreitos a... Bolas, cheguei às 77 palavras e ainda não contei nada.

Margarida Fonseca Santos

#77palavras #desafios de escrita @rewordit_ 


21/07/23

Desafio nº 279





Eu fiz assim:

Ele insistia em fazer perguntas. Não sabia que eu não tinha intenção de lhe responder? Depois muitas, às quais respondi com o olhar focado no vime que entrançava, calou-se. Estaria hipnotizado pelas minhas mãos? Não, ensaiava mais uma das suas tiradas bombásticas. Ainda faltava alguma? Cansada, sonhei com uma vida sem ele. Seria esta a mentira escondida? Preparei-me para tudo, para a discussão final, até para ver o meu sonho vingar. Então, ia-se embora sem me avisar?

Margarida Fonseca Santos, 62 anos, Lisboa

Desafio nº 279 - a mentira escondida


10/07/23

Desafio nº 278

(deixem os vossos textos nos comentários)

Eu escrevi assim:

Não tenho razões para sair. Nem medo de sair. Aprendi a pensar por mim, e não a ouvir outros pássaros, trazendo notícias deturpadas do ar. Fisgam-me como alvo. Serei o vosso alvo. Um alvo fácil, pensam, estou atrás das grades. Nem vos chamo de cobardes. É-me indiferente. Neste espaço, sou necessário. Há uma alma que perde o olhar em mim. Canto para ela uma canção diferente da que, cobardes!, a fechou em casa. Um dia, sairemos juntos.

Margarida Fonseca Santos

278 – Quadro de Alfredo Luz

30/06/23

Desafio 277




O meu ficou assim:

Sempre achei que o tipo era animal bravio e pouco dado a intimidades, pontes emocionais ou intelectuais. Para ele, os versos eram enigmas, sentia-os, sem conseguir explicá-los. Viu, um dia, um mendigo encostado à parede do prédio e ficou em choque. Resultado: deu-lhe de comer, roupa, banho... O perfil começava a esboçar-se. Tinha vindo de longe, sem família, com os pertences num caixote de papelão. Imigrara. No rosto, uma réstia da guerra e uma ferida por sarar.

Margarida Fonseca Santos, 62 anos, Lisboa

277 – 10 obrigatórios de 6 em 6

27/06/23

E assim se passaram 365 dias de desafios!

Parabéns a todos os que nos acompanharam, que grande caminhada foi.

Agora, voltamos ao regime cadenciado, com desafios nos dias 10, 20 e 30 de cada mês - os resultados ficarão nos comentários o Instagram e do Facebook.





23/06/23

4.ºB – EB de Boucinha – desafio 250

Tudo se passa na Bósnia Herzegovina num dia de sol. Um rapazito teve desejos de arroz de tomate! Ele azucrinou a mãe porque esta se esquecera de colocar a azeitoneira na mesa.

– Não há azeitonas, filho.

O pai azeiteiro trabalhava de sol a sol num extenso olival.

Os pais jamais se zangarão por causa daquele comportamento inconveniente do filho, no entanto, tiveram uma conversa séria, no sentido de ele ser razoável, bem-humorado e colaborar nas tarefas.

4.ºB – EB de Boucinha, Agrupamento de Escolas de Pedrouços, professora Marisa

250 – 8 palavras com R+Z+A+O

12/06/23

4.ºB, EB de Boucinha – desafio 270

Era uma vez uma girafa tão alta que chegava às estrelas e via o Sol. Ela conversava com um principezinho a cada Lua Cheia.

Um dia, a girafa que comia estrelas e o principezinho decidiram viajar pelo mundo.

Iam tão distraídos na carroça a cantar a “chamada não atendida” que nem repararam no rato que voava, nem no gato que o seguia desalmado.

O gato das botas ficou inanimado na berma e o rato caiu num formigueiro.

 

Títulos: “O Gato das Botas” Charles Perrault, “A Girafa que comia estrelas” de José Eduardo Agualusa, “O principezinho” de Antoine de Saint-Exupéry

4.ºB, EB de Boucinha, Rio Tinto, AE de Pedrouços, professora Marisa, EB de Boucinha

270 – Dia Mundial do Livro em títulos

17/05/23

Lucas B – desafio 8

O Pedro encontra-se perto do mar, sente-se calmo perto das ondas. De repente, começa a tempestade, mas o Pedro está com o toldo e tapa-se.

De mota anda para o Oeste, onde dá com o rato a dançar na rampa da casa.

“Todos para dentro de casa!”, proclama o Pedro.

Ao entrar em casa, passa pelas peras e maçãs, estão moles por estarem ao sol.

O Pedro está em casa. A mãe e o Pedro estão contentes.

Lucas B., 11 anos, Escola Ribamar, feito via Caidi com Leonete Rodrigues

8 – crise de letras; usar só A E O T R S P L M N D C

Abdilikson B – desafio 8

O Carlos está no mercado para comprar maçãs, para comer em casa com a mana.

Encontra peras e parecem doces, então compra-as.

Passa no corredor das saladas e pensa “Será o nosso almoço!”, então põe a salada no saco. No corredor ao lado, encontra as carnes e opta pelas costeletas de porco.

É tarde, o Carlos corre para casa. Lá, todo contente, mostra as compras à mana. Ela não entende e proclama: “Então e as maçãs, Carlos?”

Abdilikson B., 11 anos, feito via Caidi com Leonete Rodrigues

8 – crise de letras; usar só A E O T R S P L M N D C

05/05/23

Gonçalo P – desafio 1

Havia uma enorme azáfama na cozinha, quando alguém bateu à porta:

“Ding, dong!”

– Quem é? – Abri a porta, mas não havia ninguém. – Oh! Que pena!

Continuei atarefado a preparar o jantar.

Já estava quase tudo pronto.

“Ding, dong!”

Fui ver quem era. Os meus convidados chegaram, abri a porta com um enorme sorriso, e pus-me a conversar. O tempo passou, a conversa estava bastante agradável, mas…

– Ai! O jantar! – Esqueci-me de desligar o lume. – Fogo! O lombo…

Gonçalo P, 11 anos, Lisboa, Escola Básica Quinta de Marrocos, prof Isabel Franco

1 – palavras impostas: pena, sorriso, fogo

Gonçalo P – desafio 3

Toca o despertador, são seis horas e dez minutos da manhã. Daqui a três quartos de hora, tenho de apanhar o cinquenta e oito para ir para a escola.

Preparo o pequeno-almoço: cereais e leite, nove minutos é suficiente.

Tomo um duche, em cinco minutos estou despachado. Seco-me e visto as sete peças de roupa.

Ponho a mochila às costas e em dois passos estou no autocarro.

Quatro paragens depois, já estou à porta da escola.

Gonçalo P, 11 anos, Lisboa, Escola Básica Quinta de Marrocos, prof Isabel Franco

3 – números de 1 a 10

18/04/23

Rodrigo M – desafio 64

Depois do fim das aulas fui logo para casa. Lanchei e estive a brincar com a minha cadela.
De seguida, fui equipar-me para o treino de futebol e saí imediatamente de casa. No caminho para o campo de futebol encontrei uma pessoa desmaiada no meio da estrada. Liguei para o 112. Depois de algum tempo eles chegaram e expliquei-lhes o que tinha acontecido.
Os médicos levaram-na para o hospital e eu fui para o meu treino descansado.

Rodrigo M., 13 anos, 8º ano, Escola Básica António Gião, Reguengos de Monsaraz, prof. Marta Jorge e prof. Vera Saraiva

64 – texto começando por “Depois do fim…”

Beatriz G – desafio 64

Depois do fim, começámos a andar e chegámos a uma praia com um por do sol lindo. Estava um dia muito agradável. Contigo o meu dia melhora sempre, mas para arruinar o dia, no fundo daquele por do sol, apareceu um ser irreconhecível. Quando se aproximou mais, conseguimos ver que era um gato pequeno e fofo que andava ali perdido. Senti muita pena dele pois tinha fugido de casa e meia hora depois apareceu numa praia desconhecida.

Beatriz B., 13 anos, 8º ano, Escola Básica António Gião, Reguengos de Monsaraz, prof. Marta Jorge e prof. Vera Saraiva

64 – texto começando por “Depois do fim…”

Madalena G – desafio 64

Depois do fim do eclipse lunar, não se ouvia nada. De repente, acordei. Estava numa floresta imensa, sentia frio e medo. Estava escuro e a minha visão estava turva. Quando melhorou, olhei para mim. Estava coberta de pelo e de folhas. Agora sentia uma mistura de sentimentos muito confusos. Ao longe ouvi uivar e comecei a correr desesperadamente.
O despertador tocou e acordei na minha cama com o coração acelerado. Foi só um sonho pensei comigo mesma.

Madalena G., 14 anos, 8º ano, Escola Básica António Gião, Reguengos de Monsaraz, prof. Marta Jorge e prof. Vera Saraiva

64 – texto começando por “Depois do fim…”

Mafalda R – desafio 64

Depois do fim, dei por mim a pensar que não ia ver-te mais, mas afinal eu vi-te! Sorriste sensualmente para mim como nunca pensei que sorrisses para alguém. Como não tinha o mesmo sentimento por ti fiquei demasiado confusa e sem saber o que podia fazer porque não te queria deixar, nem imaginar-te nos braços de outra pessoa.
Mas, na verdade, eu tinha de te deixar ir pois não te podia prender a mim. Eras de outra…

Mafalda R., 14 anos, 8º ano, Escola Básica António Gião, Reguengos de Monsaraz, prof. Marta Jorge e prof. Vera Saraiva

64 – texto começando por “Depois do fim…”

BML – desafio 64

Depois do fim, tudo começou a girar e a girar e a girar.
Elevei o corpo e olhei em redor, a minha visão era apenas a rosa, azul, e verde, não me apercebia dos acontecimentos que estavam perante os meus olhos.
Quando me apercebi estava sobre a relva, um canguru encarava-me com os olhos arregalados e vermelhos, tinha levado um knockout de um canguru velho e maneta.
A situação não me agradava então corri e fugi descontroladamente.

BML, 13 anos, 8º ano, Escola Básica António Gião, Reguengos de Monsaraz, prof. Marta Jorge e prof. Vera Saraiva

64 – texto começando por “Depois do fim…”

Maria R – desafio 64

Depois do fim o que será que acontece?
Ana era uma criança muito criativa e pensativa, que estava sempre a pensar no seu futuro e principalmente no que lhe aconteceria após a morte.
Será que eu nunca mais veria a luz? Será que reencarnava noutro corpo e a primeira coisa que via era a luz? Será que me transformava em fantasma ou estrelinha no céu?
Ana não se preocupava muito, pois era muito nova para pensar nisso.

Maria R., 13 anos, 8º ano, Escola Básica António Gião, Reguengos de Monsaraz, prof. Marta Jorge e prof. Vera Saraiva

64 – texto começando por “Depois do fim…”

Ana C – desafio 64

Depois do fim, a alma dele renasceu, mas não como humano e sim como um ser originado por crianças, um espírito.
Uma vez que “renasceu”, vagueava pelas ruas frias, quentes, chuvosas ou nubladas. Cada dia, ficava mais infeliz, passava invisível para todos e os seus desejos eram tornar a vida de alguém tão infernal como a dele.
Até aos dias de hoje, continua pelas ruas à procura da pessoa perfeita, e pretende ficar lá até à eternidade.

Ana C., 13 anos, 8º ano, Escola Básica António Gião, Reguengos de Monsaraz, prof. Marta Jorge e prof. Vera Saraiva

64 – texto começando por “Depois do fim…”