A mãe, sempre que saía com os seus bebés, munia-se de todos
os apetrechos que ele pudessem precisar: fraldas, roupinhas, toalhetes,
repelente, babetes, casacos, chapéus...
O pai, cansado de carregar o malote, atrevia-se: “Agora que
deixaram as fraldas, talvez não precisemos do malote...” – “Não, não. Podem
sujar as mãos, ou ter sede... E se lhes morde um bicho?” – insistia a mãe.
Olhava os filhos, já rapazes e espreitava para dentro do malote à procura dos
seus bebés...
Marta Pereira Sintra e tenho 33 anos.
Num girassol vivia a joaninha Lili, vermelha às bolinhas pretas.
À entrada da escola, cheia de alegria, levando o seu material, foi cantarolando e esvoaçando até aos seus colegas.
Todos olhavam para ela. Troçaram, pois só tinha duas cores. Aquela escola era de animais coloridos. Triste, teve uma ideia: "pintar-se às cores". Já era igual a todos os outros.
A chuva levou a tinta da Joaninha. Ficaram admirados, reconhecendo que para sermos especiais não precisamos ser iguais.
3º ano Turma B, da pofª Paula Pedrosa - EB1JI Pedra Mourinha, Portimão
O
pai levantava-se sempre à mesma hora. Cada dia que passava era sempre a mesma
rotina. Um dia os filhos gritaram-lhe que acordasse mais tarde, pois já não
suportavam aquela hora fixa e desajeitada. Mas o pai queria que eles lhe
pedissem de outra forma. Eles voltaram a pedir-lhe com meiguice, coisa que lhe
soou bem aos ouvidos. No dia seguinte, pai e filhos despertaram dos sonhos!
Foram acordando sem hora marcada. Finalmente, felizes por acordar juntos.
Filipa Beaumont
Era uma vez uma menina chamada Alice, que gostava
muito de cantar.
De manhã, Alice cantava os bons dias a toda a gente. E
continuava a cantar pelo dia fora.
Um dia Alice acordou sem voz! Não sabia o que fazer,
só conseguia chorar! Até que ouviu um som lindo, e sem reparar parou de chorar.
Aquela melodia, aquela voz, reconfortavam-na. E sabem porquê? Porque na sua
cabecinha, e no seu coração, Alice nunca deixou de cantar!
Filipa
Lancastre, 20 anos, Lisboa
O que seria aquela coisa sem botões,
cartões de memória nem ecrã? Peguei na "relíquia", abri-a ao meio.
Impossível aumentar a fonte. Passei os olhos pelo fim, pelo meio e parti do
começo para aquela história que me agarrou completamente onde o lobo comeria o
herói. Adormeci e sonhei que escapara a um lobo faminto e ajudara uma árvore a
sobreviver. Depois partira feliz com uma princesa para um país longínquo.
Acordei e voltei ao objeto estranho.
Maria Teresa
Jorge
Branquinho era um coelhinho muito brincalhão, de pêlo
branco como a neve e olhos vermelhos como dois botões de rosa. Num dia especial,
Branquinho saiu da toca e tinha um desafio à sua espera. Havia ovos da Páscoa
escondidos pela floresta e todos os animais tinham que os encontrar. Branquinho
que adorava brincadeiras ficou muito feliz por poder fazer o que mais gostava.
Saltitar pela floresta e de salto em salto foi o que mais ovos desenterrou.
Maria Jorge, Póvoa de Santa Iria, 34 anos.
- Ó mãe.... quero voar!
O pequeno Pedro queria muito ser um pássaro.
- Dá-me as tuas mãos. Disse a mãe.
Unidos começaram a rodar... a rodar... a rodar… a
rodar…
Cada vez giravam mais depressa.
A mãe soltou as mãos.
O Pedro elevou-se, abriu os braços e percebeu que lhe
cresciam asas.
Perdeu-se no céu, sentido-se o ser mais feliz do
mundo.
A mãe cá de baixo observava.
O seu pequeno pássaro tinha aprendido a voar!
Daniela Gonçalves, Amadora, 37 anos.
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