Quem gosta de cobras? Se não gosta, é
porque ainda não conhece a Samanta. Nunca, em toda a selva, se viu bicho mais
querido e disposto a ajudar.
A ajudar?! Mas afinal para que serve uma
cobra?
Bem: podes saltar à corda com ela; fazer
quebra-cabeças; enrolá-la no braço como uma pulseira; serve para afastar os
indesejáveis; e pode ser uma amiga, que se enrosca a ti quando estás triste.
Acredita, a Samanta é uma amiga
fabulosa.
Rita Vilela, 46 anos, Paço d'Arcos
Estava ansiosa por chegar a casa
e contar a novidade do que me acontecera na escola. Corri com um enorme sorriso
na cara. Assim que cheguei, encontrei a minha mãe sentada à mesa. Dei-lhe dois
doces beijinhos, sentei-me a seu lado, respirei fundo e comecei a falar:
- Sabes mãe, hoje aconteceu-me
uma coisa fantástica! O meu
melhor amigo pediu-me em namoro e eu aceitei!
Assim que acabei, um sorriso
surgiu desenhado nos lábios da minha mãe!
Ana Jesus, 16 anos, Seixal e ando na Escola Secundária
Dr. José Afonso
A mãe, sempre que saía com os seus bebés, munia-se de todos
os apetrechos que ele pudessem precisar: fraldas, roupinhas, toalhetes,
repelente, babetes, casacos, chapéus...
O pai, cansado de carregar o malote, atrevia-se: “Agora que
deixaram as fraldas, talvez não precisemos do malote...” – “Não, não. Podem
sujar as mãos, ou ter sede... E se lhes morde um bicho?” – insistia a mãe.
Olhava os filhos, já rapazes e espreitava para dentro do malote à procura dos
seus bebés...
Marta Pereira, Sintra e tenho 33 anos.
A
minha Mãe. A minha Mãe é a pessoa mais espectacular do mundo, é magnífica! Ela
é linda, e não estou só a falar fisicamente. Tenho que te agradecer, Mãe, por
tudo o que tens feito por mim, pelo mano. Apenas um simples «obrigada» não
chega, tenho a perfeita noção disso. Peço desculpa por todos os erros que já
cometi. Perdoa-me se alguma vez te magoei a sério. EU AMO-TE MUITO MELHOR MÃE
DO MUNDO!
Débora
Espadaneira
Os
ponteiros, de um relógio de sala, saíram do mostrador, aproveitando a escuridão
da noite. Perderam-se pela cidade gozando a liberdade, tão desejada.
De
elegantes cartolas triangulares, caminharam lado a lado pelas ruas estreitas e
pelas movimentadas avenidas, espreguiçaram os olhos nos miradouros,
penduraram-se nos eléctricos, sentaram-se nas esplanadas e cansados adormeceram
num banco de jardim.
Pela
manhã, acordaram surpreendidos… estavam estranhamente presos um ao outro, no
cimo de um telhado. Alguém os tinha transformado… num cata-vento!
Maria
João Amante – Tenho 57 anos e vivo no Sobralinho.
Pela
mão do pai, a Inês viu pela primeira vez o irmão.
Não
quero o mano!
Anda
cá à mãe. Já viste como ele é pequenino? Sabes que ele precisa muito de ti,
querida? A mãe não consegue cuidar do mano sozinha. Achas que me podes ajudar?
Olhou
para o irmão, tão minúsculo.
E os
meus miminhos, mãe?
Os
miminhos do mano estão agora a nascer. Tu terás sempre os teus. Os do mano são
outros, amor.
Ana
Mafalda Catita Lamas. Tenho 41 anos. Sou mãe da Inês e do Miguel, e madrasta da
Ana e do João.
Maria
apaixonou-se por António, que vivia apaixonado pelos barcos que construía.
Aproximaram-se
e ele fez-lhe um barco.
O
barco, castanho, lindíssimo, evitava graciosamente os obstáculos que pareciam
grandes sabonetes na água, no meio da espuma.
O
riso de ambos ouvia-se muito para além do barco.
Quando
os chamou para lancharem a mãe dela riu-se imenso ao ver a filha de 4 anos na
banheira com o amiguinho do jardim-escola, a brincarem com um barco de cortiça.
João
Paulo Chora, Cascais, 52 anos
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