27/04/12

O desafio nº 2 - primeiras histórias


Já chegaram estas histórias! Vou deixá-las misturadas, entre graúdos e miúdos - vale a pena!!!


Aquela história trouxera-nos uma esperança, atenuando, por momentos, a mágoa dilacerante que invariavelmente sentíamos. Não despertara, contudo, em Lourenço, qualquer efeito. Alheado do resto, o seu olhar continuava a ser inquiridor. Perscrutava-nos… mas nada! O fogo que deflagrara naquele dia fatídico calcinara-lhe também a memória. O passado extinguira-se e era agora um vazio sem fundo.
Matilde quis distraí-lo, como sempre tentava fazer connosco, mas foi interrompida por alguém que desconhecíamos. Subitamente, a voz de Lourenço ecoou: – Sónia?
São Almeirim, 49 anos, Montijo

História Ideia de Carvão era seu nome. Era Ideia por parte da mãe e carvão por parte do pai. Não era grande nem pequena, era apenas uma narrativa.
Ser um grande conto era o seu sonho. Ser lida por pequenos e graúdos era o seu maior desejo. Mas estava abandonada numa prateleira no meio de tantas outras…
Quis ser muita coisa... Agora quero apenas ser lida.
Umas mãos pequenas pegaram-lhe. Foi lida, relida e feliz para sempre!
Sandra Lopes

Passado um ano ainda me corto com as memórias. Diariamente, preciso de sangrar para controlar a dor, para ser eu a provocar a dor, para poder cortar pouco, para poder cortar muito. 
A história de amor acabou mal. Uma mulher derrotada, um homem que não o queria ser, uma aventura onde nunca ninguém quis nada mas tudo aconteceu. 
Passou um ano e eu volto, todos os dias, àqueles dias, àquela felicidade que tanto quis que durasse sempre
Margarida Castanheira

Vou contar-te aquela História, a verdadeira!
Era uma vez um ser mágico muito feliz, que quis viajar pelo mundo para espalhar a sua felicidade por todo o lado.
Ele tem uma forma secreta de o fazer, sem nunca ninguém o ver. Mas às vezes não é tarefa fácil… algumas pessoas estão tão tristes que não deixavam a felicidade entrar nelas.
E sabes por onde entra a felicidade?
Pelo nosso sorriso! Por isso não te esqueças: Sorri sempre!
Marta Almeida

Hoje vou contar-vos uma história Fantástica, espero que gostem, senão gostarem também não faz mal, bem vou parar de falar e começar com isto.
Era uma vez uma rapariga chamada Maria, que tinha um irmão chamado Miguel que andavam sempre contentes. A Maria sonhava ser médica e o irmão, nada parecido com ela e que não ligava muito à escola sempre quis ser jogador profissional. Um dia conseguiram realizar o seu sonho e viveram felizes para sempre.
Miguel Silva, 11anos, Cano

Entro no metro e olho em volta. Estou rodeada por pessoas que sonham, sofrem, amam, vivem e sobrevivem. São rostos com história. Uma história contada com lágrimas e sorrisos, com gargalhadas e soluços, esperanças e desilusões na busca incessante do ser.
Quis a vida que nem tudo nos seja dado, mas que tenhamos sempre a força da busca, a perseverança no caminho que não nos leva onde queremos, mas onde precisamos ir.
Quita Miguel, 52 anos, Cascais

– Lê a história, só mais uma vez, pode ser? – suplica Bia.
Quis ter uma filha leitora mas, assim, é de mais! – resmunga a mãe, tonta de sono, pálpebras a fecharem o dia de trabalho, sempre que a filha lhe pede o mesmo.
– Chega por hoje! Dorme e sonha com os anjos.
A mãe sai, Bia volta a pegar no livro. Ainda não sabe ler. Mas é o livro que ela quer que lhe leiam, noites a fio.
Ana Paula Oliveira, S. João da Madeira, 51 anos

2 comentários:

  1. Estão fabulosas! Adorei lê-las!
    Sandra Lopes

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  2. E feitas logo, logo!!! Também fiquei feliz...
    Um beijinho

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