Sem E:
Havia um bicharoco patudo.
O patudo não calava vitórias: sou o mais rápido da nossa
mata, gritava!
A tartaruga, cansada disso, lançou a provocação: - Vai
uma corrida?
O bicharoco patudo logo concordou!
À tardinha, os animais gritaram: - Partida!
O patudo ganhou distância mas a tartaruga ia na paz.
Assim, quando dormia um sono profundo, não viu a tartaruga cortar a fita rubra
ao som da risada dos outros animais da mata!
Manuela Ferrer
Sem U:
A lebre decidira desafiar o cágado para correrem até ao
lago. Cheia de si, pensava ser o bicho mais veloz lá do sítio. Ganhar ao cágado
(e respectivos familiares) estava mesmo no papo. Mas era dia de grande calor e
mal começam a corrida já à lebre apetece dormir. Como achava certa a vitória e
o sono reparador, fez-se rápida à soneca. E o cágado esforçado, andando
descansado e sem ambicionar vitória, foi o primeiro a chegar.
Rosário Caeiro
Sem E:
Uma tartaruga mais um láparo com abanos agigantados
combinaram uma corrida numa fria manhã outonal. Logo o láparo passou adiantado.
Com minutos a sobrar... com a tartaruga já longínqua , surgiu ao láparo um sono
inusitado. Como a confiança não o trairia, logo arranjou conforto no musgo
fofo. Assim dormindo solto não viu a tartaruga passando calma rumo à sua
vitória.
Quando acordou, já ultrapassado, não podia imaginar: por
um sono traidor, foi a tartaruga a vitoriosa!!
Rosário Caeiro
Sem E
Não foi por acaso, não! Ganhando a corrida ao galgo, a
tartaruga ganhou a aposta.
Mas, do início, vamos a história contar.
Numa morna manhã, a tartaruga, vagarosa, divagava. Um
galgo distâncias galgava. Irónico, zombou:
– Mandriona! Com tal ritmo, tanto vagar, quantas vitórias
irás alcançar?!
– Vai bugiar. Vai uma aposta?
O galgo riu. Aprovou a proposta.
Confiado, à sombra dormiu, sonhou...
A tartaruga, ultrapassando-o, a fita ambicionada cortou.
Vitoriosa, muito orgulhosa, bradou:
– Fanfarrão! Tiras daqui a lição?
Ana Paula Oliveira
SEM U:
A osga saboreava o sol, sendo inadvertidamente interrompida pela vespa.
A osga saboreava o sol, sendo inadvertidamente interrompida pela vespa.
- Pára de me incomodar com essa
ideia de corrida. Osga rasteja, não voa.
Após grande insistência e com o
compromisso da vespa de voar baixinho, a osga aceita o desafio.
Rastejando, percorre metro a
metro, sempre com a vespa a liderar o caminho, até o agradável odor do pólen a
atrair irremediavelmente. Com a barriga agora cheia, volta à corrida, mas já a
osga passara a meta.
Quita Miguel
Sem R:
Um
bicho lento,
de
vetusta idade,
um
bicho adiantado,
de
patas tamanhas,
com
vontade de conhecimento
em
tempo e distância qual o mais veloz
iam
caminhando com meta no encalço.
Mas
logo o bicho adiantado se ensonou.
E
confiante no avanço que levava
ao sol
se deitou.
O
bicho lento vinha longe.
Mas no
engano do tempo que passava,
foi
seguindo caminho.
E
quando mal pensava
à meta
chegava.
O
bicho ensonado,
de
confiança abalada,
ficou
devastado!
Rosário Caeiro
Sem U:
[A
corrida da lagarta e da formiga]
Está
a lagarta sossegada a comer. Diz-lhe a formiga:
– És
tão indolente. Aceitas correr a maratona contra mim?
A
lagarta pensa:
– Esta
é mesmo tonta, não conhece o segredo das lagartas.
Responde:
– Só
se a corrida demorar sete dias e sete noites.
A
formiga desata a correr.
A
lagarta metamorfoseia-se. Ao sétimo dia, as asas estão prontas. Levanta voo,
passa sobre a esfalfada formiga e corta a meta.
Despeitada,
a formiga morre de apoplexia.
Carlos Alberto Silva, Leiria
Sem R:
Lebinha vivia se
gabando, toda exibida!
Desafia cascuda
à uma competição. Vence a mais ágil, diz.
Cascuda aceitou,
enquanto a amiga contava já como ganha. Fox foi
escolhida a juíza.
Saída dada.
Lebinha sai
muito adiante.
Cascuda lenta em
seu passo.
Lebinha contando
com o êxito deita e pega no sono.
Lebinha não viu
que Cascuda a passou. Após a soneca
continua a sua
meta, com jeito de campeã.
Mas cascuda,
passou a linha de chegada, venceu!
Chica, Brasil – também no blogue
Sem R:
O gato e o esquilo
O gato e o esquilo
O
gato, bonachão, desafiou o esquilo, todo esquisitão:
-
Coitado, tão pequeno, não chega ao meu dedão! Estou a desafiá-lo: no embate
eis-me campeão!
No dia
datado, a chispada começou. Debochado, o gato mandou um beijinho ao esquilo,
todo suado, quando chispou léguas adiante.
Cansado
e confiante, o gato deu-se uma soneca: "já estou bem adiante..."
pensou!
O
esquilo, continuamente constante, não desistiu e se adiantou.
Viu a
linha de chegada, e jubiloso, festejou!
E o gato...lastimou!
Bia Hain, Brasil
Sem R
No
Polo Sul, o gelo pede que andem quentinhos o que compulsa os seus habitantes a
atividades de jogos. Antes dos alimentos, e enquanto os mais sonolentos se
passeiam pelo espaço dos sonhos, os mais destemidos combinam competições
despicadas. Um dia, foi a vez da foca e do pinguim. Ela pensava em nenhuma hipótese,
mas quando o convencido do pinguim se alheou do jogo metendo-se no paleio com
uma gaivota, esqueceu-se e deu o êxito à foca.
Vanda Pinheiro
sem U
Zombava o Coelho do Cágado!
– Ó morcão, ó anjinho!!! Dá corda aos sapatos, moço!
A cada hora o martirizava com desafios parvos:
– Corres até à sombra do candeeiro? Oh, não dá! Até a
sombra corre mais! Ah, ah, ah…
Farto, o cágado aceita, impondo grande distância.
Saboreando sossego prolongado.
Tendo partido a toda a brida, o coelho pára, descansa,
adormece.
Determinado no ritmo, o cágado vence, zombando agora:
– Corres mais? Vai à frente, vê se já ganhei!
Luís Marrana, 52 anos, Miranda do Douro
sem R
Ufano, o Coelho dizia do Cágado:
–‘Tá bom, ‘Tá! O gajo pede licença a cada pata! Nunca mais
é sábado!
Paciente, o cágado ouvia, engolindo com azia!
Um dia, levantou o Coelho a voz:
– Olhó Sô Cagádo! Vai veloz! Um despique ó fim d’Avenida?
Manhoso, lançou-lhe o isco:
– Dez vezes a avenidazinha?
Fez o coelho 92% da distância, sentou-se:
– Dá sono, tanta velocidade!
E... sucumbiu!
Ganhou o Cágado. Bem disposto diz:
– Sô Danonininho, faltou só um bocadinho!
Luís Marrana, 52 anos, Miranda do Douro
Zombava o Láparo da Tartaruga!
Oh, morcão!! Dá corda aos sapatos, moço!
A cada hora a martirizava com graçolas parvas:
‘Bora lá a uma corrida?
À sombra do lampião!
Oh, não dá! A sombra já partiu!
Fartinha, a Tartaruga topa, impondo larga distância. Ávida
por paz duradoura.
Partindo a toda a brida, incauto, o Láparo pára, dormindo um
sono profundo.
Aplicada no ritmo, a Tartaruga ganha, zombando agora:
Tic Tac, Tic Tac, Trimmmmmm!!! Acorda!,
a Tartaruga ganhou!
Luís Marrana, 52, Oliveira do Douro
Tal
como aquela história... Não é Verdade?
Camilo
e Rodrigo estavam prestes a correr pelas vidas deles...
Corrida
essa, lembrada sempre... Por ser bastante divertida...
A
meio, Camilo pára, ganharia avanço depois...
Mas
Rodrigo vai sempre, pondo em perigo a vitória do adversário...
Camilo
acaba por reparar, mas é demasiado tarde...
Rodrigo
já ganhara, terá sido fácil...
E é aí
que Camilo relembra a antiga história, que a mãe lhe contava em criança...
– Fiz
mesmo de lebre desta vez, mas não mais assim será!
Rickyoescritor, 11 anos, Pedroso, VNG
CORRIDA na SAVANA
No mundo animal, havia muita
confusão, por causa da corrida.
A cabra branca, mais o caracol
riscado, iam provar aos outros animais,
qual dos dois cortava a fita, no
final da corrida.
Tinham apostado, coisa
invulgar...!!!
A cabra, saltitando, ia com muita
confiança. Parava aqui ou ali, para trincar
mais um tronquinho, contudo,
parou muitíssimo!
O caracol não parou, nunca,
arrastando o corpo, mais a casa às costas.
Conclusão, o caracol cortou a fita.
Ganhou a corrida!
Arminda Montez, 75
anos, Queluz
Os miúdos foram brincar para o
jardim. O pai não os proibira de andar no baloiço, mas os miúdos acharam o
baloiço maçador.
Foram jogar à bola com outros
miúdos da sua rua. Quando acabaram o jogo da bola jogaram à apanhada; o António
não gostava da apanhada, e foi jogar às cartas para casa do amigo Luís.
Quando acabaram o jogo, voltaram
a jogar à bola.
Quando o pai os chamou para
almoçar, eles foram logo.
São Sebastião, 68
anos, Glória Estremoz
Uma lição dada
Nunca cansar! Caminhar, ir always rumo
ao plano! Assim dizia a calma, parcimoniosa Lady, para a qual o difícil não
tinha oportuno. Aldo, o moço habituado a corridas tirou graça, provocando-a.
Topada a provocação foi buscar ultrapassar. No dia acordado, partiram rumo ao
ponto, Aldo muito dono da vida, parou, tranquilo... Dormiu!
Assim foi Lady, na calma, ao modo
próprio, quando Aldo, acordou... Viu Lady passar na linha! Não havia mais como
ultrapassa-la!
Foi assim!
Uma lição!
Roseane Ferreira,
Estado do Amapá, Macapá, Extremo Norte do Brasil
Com calma, vamos lá!
Mariquita caminhava tranquila,
passando na rua ampla, florida.
– Aiiiiiii, o raio da miúda! –
gritara a idosa, com mala azul na mão.
Madá chocara com Mariquita. Vivia
na casa ao lado, a chata! Miúda bonita, sim, mas brusca, cansativa...
– Vou atrasada para a aula de
filosofia – gritou.
– Totó! – sussurrou Mariquita,
continuando na calma habitual.
Madá, com passo rápido, caiu no
pátio comum, logo ali. Ficou parada, magoada, a chorar.
Mariquita passou a sorrir. Madá
não foi à aula.
Sandra Pilar Paulino, 44 anos, Barreiro
Sentia-se cansado, enfadado com
tal altivez. O galgo, mais elegante e mais leve, sabia que andava mais
facilmente que o cambaleante texugo. Assim, passava o dia desafiando o velho
texugo. Vivido e inteligente, o texugo montou um esquema. Pediu às amigas que,
ao longo do caminho, assediassem o vaidoso galgo. Embebecido pelos elogios, o
tolo galgo foi dialogando com todas as falsas simpatizantes. O texugo avançou
lentamente, chegando à meta, enquanto o tolo galgo caía na cilada.
Amélia Meireles,
62 anos, Ponta Delgada
'Rápido, muito rápido anda, pois a linha
final aguarda por ti, tartaruga, mas após a minha glória.' Atira com sarcasmo a
lagomorpha. Ah! Ah! Ri já a gozar a vitória gloriosa. 'Vou chonar na palha
macia. Tu, vai adiantar caminho. Chispa daqui!' A manhosa passado uma hora
acorda. 'Tartaruga?' -grita intrigada. Nada. Foi dormir, magicou. Ala
para a vitória, com corrida alucinada. Vivas. Hurras! Aplausos. Sorri. Atónita
fita a vitoriosa tartaruga a rir orgulhosa, içada por todos.
Rosa Maria
Pocinho dos Santos Alves, 52 anos, Vila
Nova de Ancos
A chita e a minhoca (sem R)
A
chita convida a minhoca:
–
Vamos a uma competição?
– Sim,
vamos!
Começa
a competição e a chita vai muito adianta. A minhoca vai muito lentamente. A
chita continua com muita velocidade e a minhoca vai deslizando lentamente.
A
chita decide:
–
Faz-me bem uma sesta!
A
chita deita-se e dorme. A minhoca alcança a chita e continua sem descanso.
A
chita levanta-se e vê que a minhoca tinha chegado à meta.
A
minhoca ganha e levanta a taça.
3º anos da EBi/JI de Porto Salvo, Agrup
de Escolas Aquilino Ribeiro
Vamos a
uma corrida?, disse o caracol
Vamos,
responde a formiga.
Mas
como ando mais rápida, hei-de ganhar-te.
Está
bem, veremos.
Combinaram
o dia da corrida.
A
formiga avançava, rindo-se do pobre caracol.
Até se
lembrar de tirar bela soneca.
As
irmãs trabalhavam, ela dormia, e o caracol
ganha a
corrida.
Acorda assarapantada
e descobre a derrota.
E ainda
por cima, chega a casa, encontra a porta fechada,
com o
letreiro:
Vais
comer e dormir, onde trabalhaste.
Natalina
Marques, 57 anos, Palmela
Desafio-texto sem (i)
Os casacos que o
João tem são pretos, outros são amarelos, outros castanhos e alguns são rosa,
mas como os rapazes gozam com ele, o João achou que os rapazes ao gozarem com
ele estão a ser tontos, porque o rosa é para todos e o João perguntou-lhes:
– Porque é que
vocês acham que o rosa não é para os rapazes?
– Porque é
claro, não é para os rapazes, percebeste João?
– Eu não gosto –
responderam-lhe os colegas.
Margarida Monge Soares Mendonça, 9
anos, Lisboa
Eurídice Rocha -
desafio nº 9
Diabo na banca
João mais Augusto
Dois indivíduos. Duas contas. Igual banco. Duas vidas por
trabalho. Pois toda vida João trilhou, foi conquistada por passos básicos.
Augusto andava muito ansioso… amava dominar a sua conta bancária com capital,
com muito lucro. João vivia gosto da partilha com outros. Augusto avançava no
banco com fundos, quais, não imagina o próprio diabo! João, já idoso, partilha
uma vida pacata com humanos, pois, vai amando. Augusto pisa na banca rota –
disputa mais disputa.
Eurídice Rocha, 50
anos, Coimbra
Regina Gouveia
― desafio nº 9
Vou contar uma história já “com barbas”, muito antiga,
duma corrida.
A tartaruga, vagarosa, ganhou a uma rival, muito ágil mas
vaidosa.
Ganhou como, afinal?
Vou contar a história omitindo uma vogal.
A vaidosa provocou a vagarosa. A vagarosa anuiu.
Vou ganhar a corrida! Vou ganhar a corrida!
A vaidosa bradava, gozava… Quanto riu…
Como ia adiantada, optou por uma parada, à sombra duma
latada.
Tranquila, dormiu.
A vagarosa foi andando, andando com vagar, acabando por
ganhar
Regina Gouveia, 71 anos, Porto
Viagem
(sem U)
O cágado foi convidado pela lebre para participar na
maratona florestal.
Este aceitara imediatamente... sempre aceitara todas as
batalhas da vida.
No início da corrida, a lebre atinge rapidamente enorme
vantagem... nem via o cágado, coitado!
Então, decide descansar perto do rio, à sombra do
pinheiro gigantesco... seria reconfortante refrescar os pés.
Todavia, devido ao relaxamento excessivo, adormece, sendo
alcançada pelo cágado. Este, apesar de lento, com persistência vence a corrida!
A coragem foi recompensada pela vida.
Susana Sofia
Miranda Santos, 38 anos, Porto
Lição
Era certa vez, determinada corrida entre lince e
caracol.
Lince animal veloz, patas largas, pelagem
espessa.
Caracol lento, nanico, carapaça em espiral.
Corrida sobreveio em floresta na
Serra Penas Libres.
Partiram para meta. Lince arranca,
pára, agarra lentes, enxerga adversário. Caracol arrasta-se com
esforço, labor afinco.
Lince
pára a descansar. Caracol transcende-se e corta
a meta. Lince vê-se passado, corre, tropeça no tronco, perde corrida.
Lince teve prova: não se
deve desprezar as distintas espécies de animais.
Sérgio Felício, 38 anos, Coimbra
Adoro o mar
Sentada no banco, olhava para o mar, e olhava para a
alma.
Os pensamentos eram nebulosos e confusos. Esperançosa,
esperava pela ajuda do mar.
Sou alegre, sou uma mulher alegre, mas o meu fado não tem
encanto.
O mundo parece-me uma bola resplandecente e bela.
Pouco a pouco o mar faz-me na alma o seu trabalho, e eu
acalmo.
Na alma, agora, a ternura voltou, mas a esperança nunca.
Vou voltar sempre, sempre para ver o mar.
Celeste Bexiga, 68 anos, Alhandra
Adoro dançar
Não, não vou dançar!
Amanhã vou bailar contigo uma valsa, quiçá Strauss, como
tu gostas.
Vamos voar, agitar, balançar, sonhar.
A dança faz prodígios no nosso coração, na nossa
angustia, tudo passa com a música, o som, a magia.
Minha alma não dói quando oiço, danço ao som da música.
Salsa, tango, funáná, valsa, tantas danças!!
Mais uma das maravilhas da vida.
Quando danço não sofro.
Para mim, na dança, há sonhos, sorrisos, olhos brilhando
como jóias.
Celeste Bexiga, 68 anos, Alhandra
Viagem
Ela veio de longe.
Neste momento está deitada, enrolada nas mantas,
confortavelmente deliciada.
O vento sopra forte, assobiando. Grossas gotas vão
caindo. O mar zangado, impõe respeito. Não lhe apetece levantar.
Por fim, vai abrir a janela.
Vila de pescadores mareantes, fica no oeste.
Passa lá férias. Finalmente sai de casa.
Passeando pela vila, matando o desejo de se sentir em
casa. Sorri para si.
O encontro foi bom, entregaram-lhe papeis que precisava.
A viagem foi boa...
Celeste Bexiga, 68 anos,
Alhandra
Salvação
Passaram anos.....
Minha vida tinha acabado quando acabou a sua vida.
Fui com a minha filha, continuo com a minha filha.
Morri, mas para castigo a vida voltou.
Os anos passaram.
A salvação sorriu para mim.
Vi na minha alma o riso indo no caminho da minha
salvação.
Não salvação total, mas salvação, para amar minhas duas
almas.
Ficaram cá, para voltar a rir, com amor.
Agora, o riso curou minha dor.
Tão dolorida!
Ainda não morri.
Celeste Bexiga, 68 anos,
Alhandra
Todos os passos dados são uma lição para a vida. Muitos
caminhos mostram tanto um lado sombrio como doloroso, mas continuo a caminhar
com força. A dor mói, pisa, mas não mata, pois consigo ultrapassar todos os
obstáculos. Já não sinto a agonia, prossigo a jornada, cumpro a missão. Não
sofro mais, não choro mais, pois agora agarro a vida com as minhas mãos. Sim,
sou grata por tudo, cumpro os sonhos, inspirando todos à minha volta.
Joana Miranda, 12º CT3 da Escola Secundária José Saramago-Mafra, prof
Teresa Simões
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