Amigos, boas conversas, desafios empolgantes, festas galantes, histórias incríveis, jogos, lojas,músicas… nada
a alegrava.
O pranto, que no seu rosto sobrava, tinha um
odor a vinho, esse xarope que acima do zero
a reerguia após zangar-se com Xavier, velhaco
que como único marido tomou, e só rugas
e queixas lhe pregou aos olhos negros.
Agora morto,
ainda o via levantado, à janela, irreal e histérico, gritando feroz:
– Esposa, dá-me colo!
E ela já só bebia água...
– Esposa, dá-me colo!
E ela já só bebia água...
Rita
Bertrand, 40 anos, Lisboa
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