30/12/12

Passagem de ano



O champanhe estava pronto, as passas também, só faltava o relógio dar as doze badaladas. O silêncio era apenas interrompido pelo ranger das cadeiras, que sendo poucas, tinham de suportar dois de cada vez. Com notas nas mãos, queriam que a meia-noite chegasse rápido, mas a hora nunca mais chegava. Esperaram, esperaram até que repararam que os ponteiros tinham ficado parados a um minuto das 24h. Tristes, perceberam que tinham de esperar um ano para poder celebrar.

Maria Jorge, Vila Franca de Xira

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