Não me podia mexer muito. Ouvi passos. Ele dizia: “Mas que raio será isto?”. Os passos afastaram-se. Adormeci, o corpo tolhido no espaço pequeno. Acordei com o som de risos. A festa! Tinha-me esquecido dos convidados! Agora não havia mais nada a fazer. Saltei de dentro da caixa e gritei: “Feliz Natal, meu amor!”. Fiquei sem saber se devia rir ou chorar do ar de choque dos pais dele a olharem para mim vestida só de tanga…
Alexandra Rafael
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