Hoje tudo me parece estar vazio
Limitado, nada preenche o meu espaço
a chuva, o vento, o frio.
As palavras silenciaram no meu regaço
Transformadas apenas e só no pensamento
Sem sentido, abstrato, disperso e incolor.
Ponho cavacas na fogueira e sigo
A dança das chamas emanando calor,
Remexo as cinzas que se amontoam
E ficam inertes ocupando o nada
Que imperfeito me fica nas mãos.
Lá fora, o vento
Faz lacrimejar os olhos
Dum rafeiro solitário!
Rosélia Palminha
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