A
poesia é incomunicável, por isso ela escrevia prosa.
Contava histórias alegres, usando sempre palavras
simples, para que todos a compreendessem.
Os críticos apontavam o vocabulário pobre, a narrativa
prosaica, a psicologia rudimentar.
Mas ela não se ralava. Pelo menos, comunicava.
Mas ela não se ralava. Pelo menos, comunicava.
E ninguém lhe tirava o gozo de tornar as pessoas –
aquelas comuns, como as suas personagens – felizes.
E sábias, como crianças.
Afinal, toda a gente sabe que a sabedoria da criança é não saber que morre.
Rita
Bertrand, Lisboa, 40 anos
Versos: “A poesia é incomunicável”, de Carlos Drummond de
Andrade, in “Segredo” e “a sabedoria da criança é não saber que morre”, de Ruy
Belo, in “Algumas Proposições sobre Crianças”
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