– Vens? – ouvi-o perguntar.
Não podia crer! Estaria a convidar outra para viajar connosco?
Estava.
Encolhi os ombros, virei costas,
dobrei a esquina.
Depois, contei à minha mãe.
– Acontece – disse-me ela, com a voz
que dantes usava para ralhar. – Aconselho-te a
perdoá-lo. Sê paciente!
– Perdoá-lo? Nunca!
Procurei esquecê-lo.
Procurei esquecê-lo.
Mas nada me consolava...
Até passar por ti, certo dia, no sítio mais simples:
a rua.
Na parede, escrevias: “O amor só atrapalha”.
– Bela frase – disse-te.
E abracei-te. Até hoje.
Rita Bertrand, Portugal
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