Fingiu-se nova como
se o tempo não a tivesse visitado, como se tivesse nascido todos os dias. Tinha, dentro de si, um cansaço dolente, mas
gritava uma força ao mundo capaz de mover montanhas; a dor era voz que escondia, pois encrespava-lhe o caminho.
Nem mesmo quando lhe diziam que já não morava ali, ela
desistia de procurar abrigo naquela rua: alguma pedra daria jardim.
Felicidade, é preciso acreditarmos que o teu nome renasça para nos inflamar.
Bau
Pires, 50 anos, Porto
"Para acreditarmos que tinha nascido nova."
tirada do fim do conto "Amargura para 3 sonâmbulos"– Gabriel Garcia
Marquez, Contos Completos, da D. Quixote.
50? Ainda não! Adorei, mais uma vez!
ResponderEliminarAlex R.
;)
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