Perdidas andam as
palavras no fundo da minha consciência. Uma consciência há muito esquecida, há
muito adormecida. Faltam lindas poesias
para a fazer despertar de novo. Elas lutam naquele interior incerto e apagado
como duas feras enjauladas que se
debatem para se libertarem de uma sufocante prisão. Torno-me fraca, sem forças espirituais, arrasto-me para um rumo sem
fim. Morro, talvez não tão rápido. O tempo recua e não
avança. Volta atrás e quebra os ponteiros. Ainda sorrio.
Maria Jorge
Afonso
Cruz, in O Prazer da Leitura – “O Cavaleiro Ainda Persegue/ A Mesma Donzela”
Não
morro, torno-me duas poesias perdidas.
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