Tó meteu-se debaixo do lava-loiças mal chegou a casa dela.
Queria impressioná-la, conquistar o trono do seu coração.
“O cano está roto”, anunciou.
“Bem o noto”, respondeu ela.
“Compro outro e torno a vir logo”, explicou ele, erguendo-se.
De volta, desapertou anilhas, trocou o cano, montou tudo novamente.
E, ainda tonto do esforço, disparou:
“Queres sair comigo?”
“Só se formos à Sinfónica de Toronto!”
Tó não era um erudito, mas concordou.
Foi o primeiro de muitos concertos.
Rita Bertrand, 41 anos, Lisboa
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