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No site da Rádio Sim
Era Pedra
Era
pedra e sobre essa pedra um homem em pé, estático, parecia
esculpido em pedra.
De repente, um soluço estranho,
estrangulado e muito, muito angustiante, soltou-se do seu peito. O ruído
daquele soluço sufocante afastou uma ave que ali pousara. Folhas de árvores
caíam, docemente, sobre a pedra, comungando daquela dor acre e profunda.
O homem continuou ali, ainda por
algum tempo, rosto fechado e contraído por insuportável dor.
E
eu paro a murmurar: Ninguém o viu”.
Dorinda
Oliveira, 72, Arrifana, Santa Maria da Feira
Do poema “Até ao fim do mundo”,
Natália Correia
Do poema “Em busca do amor”,
Florbela Espanca
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