Foi amor ao primeiro encontro
e a relação intensificou-se. Longe deles, sinto ansiedade, o desassossego
é difícil de controlar.
Absorvo o cheiro das suas peles, tão macias, acaricio-as com entusiasmo e, após uns momentos de
namoro, a quietude regressa. É uma relação
polígama, bem sei, mas desejo-os para recuperar a serenidade. Sem eles, a imaginação atrofia, as ideias acorrentam-se
e a solidão torna-se insuportável.
Sem eles, tudo é escuridão. Eles trazem a luz. Tranquilamente provocadores. Os
livros.
Ana Paula Oliveira, 52 anos, S. João da Madeira
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