Eça de Queirós, in “Singularidades
de Uma Rapariga Loura”, “Contos
Escolhidos”, ed. Biblioteca Ulisseia de Autores Portugueses
Como partiu nessa tarde para a
província, não soube mais daquela rapariga loura.
Loura, e
esguia, era uma rapariga que atraia
as atenções. Isso irritava-a, sobretudo tratando-se daquela vizinhança que a observava; por que estaria cada vez mais amargurada? Quando soube a resposta, não demorou a pressentir o que endurecera no seu íntimo: Estava
perdida na província! A vida do
campo não era para ela, e agora era tarde para mudar. Nessa altura, houve algo que se partiu no seu coração: como teria
perdido a esperança? Como perdera a juventude?
Florbela Lopes, 52 anos, Lisboa
Desafio nº 36
– uma frase de um conto de autor,
usando as palavras por ordem inversa
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