Atravessei o campo de trigo e deixei-me acariciar pela brisa quente
daquela tarde de verão. De braços abertos, segui o movimento das ondas
douradas, sentindo-me navegar alheada num mundo diferente, docemente embalada
pelo canto das cigarras. Senti-me outra, ou eu mesma, mas renovada e dando novo
sentido ao silêncio da minha alma. Pé ante pé, percorri a seara e os segredos
guardados perderam a voz, tal como a água de julho que no rio não faz barulho.
Sandra Évora, 40 anos, Sto.
António dos Cavaleiros
Desafio
Rádio Sim nº 3 – um dos provérbios dados no fim
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