Sou um bule rachado, sou uma peça esquecida, no fundo duma
prateleira.
Como deixei de aguentar a água para o chá fui arrumado.
Sou antigo e estimado.
O serviço de que fazia parte, transitou de gerações anteriores.
Junto de mim, encontram-se uma chávena e um açucareiro, que faziam
parte do
conjunto inicial.
Entre nós, "fala-se" dos áureos tempos, em que
brilhávamos na mesa do chá.
O bule rachado está saudoso, mas realizado, com as funções que
desempenhou.
Arminda Montez, 75 anos,
Queluz
Desafio
nº 4 – começando com frase imposta
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